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Polícia

Jornalista do SBT da Bahia suspeito por 'golpe do Pix' recebe lembrança da Polícia Civil

Marcelo Castro teria envolvimento no desvio de R$ 500 mil que seriam destinado a doações

16 jul 2025 - 10h53
(atualizado às 12h09)
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Resumo
Marcelo Castro, jornalista investigado pelo "golpe do Pix" que envolveu desvios de mais de R$ 500 mil em doações, recebeu uma Moeda Institucional da Polícia Civil da Bahia como ato de cortesia durante visita formal, enquanto o inquérito contra ele segue em segredo de Justiça.
Marcelo Castro recebeu uma lembrança do delegado-geral da Polícia Civil da Bahia
Marcelo Castro recebeu uma lembrança do delegado-geral da Polícia Civil da Bahia
Foto: Reprodução/Instagram

O jornalista Marcelo Castro, investigado pelo que ficou conhecido como "golpe do Pix", recebeu uma Moeda Institucional da Polícia Civil da Bahia (PCBA), entregue por um delegado, na última sexta-feira, 11. Castro é alvo de um inquérito sobre doações que eram enviadas à Record Bahia, onde ele trabalhava, e teriam sido desviadas por ele e mais 11 envolvidos. Atualmente, ele está na TV Aratu, afiliada do SBT no Estado.

O momento do recebimento da lembrança foi publicado pelo próprio jornalista em suas redes sociais. "Obrigado a @policiacivilba e ao Delegado Geral André Viana pela homenagem", escreveu. O presente foi dado a Castro durante o programa Alô, Juca, apresentado por ele na TV Aratu.

Em nota, a Polícia Civil afirmou que a Moeda Institucional "é um ato de cortesia realizado de forma pontual em visitas desta ordem". O delegado-geral teria entregue a mesma lembrança a todos os gestores e representantes dos veículos de imprensa visitados por ele.

Com relação à investigação envolvendo Castro, a PCBA respondeu ao Terra que concluiu o inquérito em dezembro de 2023 e o encaminhou ao Poder Judiciário. Doze pessoas foram indiciadas por crimes de associação criminosa, estelionato e lavagem de dinheiro. O processo corre em segredo de Justiça.

A Polícia Civil complementou já ter pedido a prisão de três acusados de liderar o esquema criminoso, mas não os identificou.

No curso das investigações, que consistiram na quebra de sigilos bancários dos suspeitos e de outros atos investigativos, foram identificados 13 casos, totalizando o valor de mais de R$ 500 mil desviados, representando 75% dos montantes arrecadados para as doações.

Relembre o caso

Marcelo Castro, que foi repórter do Balanço Geral, da TV Record na Bahia, e Jamerson Oliveira, ex-editor-chefe do programa, são suspeitos de desviar R$ 500 mil de doações feitas por telespectadores para pessoas de casos mostrados no jornal. 

A suspeita surgiu depois que o programa colocou no ar, em 28 de fevereiro de 2023, a história de Guilherme, de 1 ano, que precisava de remédios para o tratamento de um tumor na barriga e de outro no crânio.

Os medicamentos do garoto chegavam a custar R$ 365 mil. Com o canal aberto para doações, o jogador Anderson Talisca ligou para o canal se propondo a bancar a primeira ampola do remédio Qarziba, no valor de R$ 73 mil.

O staff do atleta, porém, notou que a chave Pix passada a eles fora do ar era diferente da mostrada na transmissão. A dupla, então, alertou a direção da emissora sobre o estranhamento.  

Após o alerta, uma investigação interna constatou que a chave exibida na TV pertencia a um barbeiro sem qualquer ligação formal com o programa. Além disso, foi notado que, dos R$ 109,5 mil arrecadados com a ajuda dos telespectadores no caso do menino, apenas R$ 40 mil chegaram à família.

De acordo com a Polícia Civil, os outros R$ 69,5 mil teriam sido desviados. Com o curso das investigações, a polícia chegou à conclusão de que houve, ao todo, 13 casos de desvios do tipo. 

Procurada para enviar um posicionamento, a defesa de Castro disse que "o processo é sigiloso, e por questões éticas não fornecemos informações do expediente".

Fonte: Redação Terra
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