PUBLICIDADE

Polícia

Especialistas usam cautela em caso de suspeito de matar 43

12 dez 2014 - 07h09
(atualizado às 07h13)
Compartilhar
Exibir comentários
Homem foi preso e confessou ter matado mais de 40 pessoas
Homem foi preso e confessou ter matado mais de 40 pessoas
Foto: Polícia Civil / Divulgação

Profissionais de saúde mental analisaram com cautela o caso do possível assassino em série de 26 anos, que confessou à polícia ter matado 43 pessoas nos últimos nove anos na Baixada Fluminense, estado do Rio de Janeiro. Sailson José das Graças, de 26 anos, foi preso na terça-feira, (9), em flagrante, por ter assassinado uma mulher de 62 anos.

Para o psiquiatra forense Talvane de Moraes, se forem comprovadas as mortes em série, Sailson  será um fenômeno na literatura de assassinos em série. “No noticiário policial do mundo inteiro não se tem notícia de uma quantidade tão grande de vítimas (mortas) por uma só pessoa”, comentou o médico. “E a certa altura ele diz que também matava por encomenda o que foge totalmente ao perfil habitual dos criminosos seriais. Não conheço nenhum dos que estão catalogados que tenha alternado entre matar por distúrbio instintivo e crime sob encomenda”, concluiu ele.

O psicólogo da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap), Alexandre Passos, também estranhou o fato de Sailson ser assassino serial e matador por encomenda. Segundo ele, há  incongruências no relato do preso. “Não sei até que ponto isso é uma influência de ficção e ele está incorporando um personagem. É muito difícil, num período de nove anos, ele ter cometido tantos crimes sem nunca ter sido descoberto”, comentou Alexandre, ao ressaltar que as passagens que Sailson tem pela Polícia são por furto e roubo: “O relato dele incorpora vários discursos que circulam no campo social. Acho que o lado exibicionista prevaleceu, a ponto de Sailson produzir prova contra ele próprio”,.

Ambos os especialistas disseram que ainda é preciso uma investigação aprofundada com dados objetivos e conclusivos para qualquer avaliação sobre o perfil psicológico do Sailson.

Agência Brasil Agência Brasil
Compartilhar
Publicidade
Publicidade