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O arco-íris da Lua, fenômeno raríssimo que surpreendeu as redes sociais

17 nov 2016 - 18h58
(atualizado às 19h11)
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Tela do pintor alemão Caspar David Friedrich é um dos poucos registros conhecidos do fenômeno na pintura
Tela do pintor alemão Caspar David Friedrich é um dos poucos registros conhecidos do fenômeno na pintura
Foto: Domínio público / BBC News Brasil

O registro de um arco-íris lunar, fenômeno raro e quase desconhecido, em um par de fotos tiradas em outubro no norte da Inglaterra provocou um frisson nas redes sociais pelo mundo.

As imagens captadas nas regiões de Yorkshire e Northumberland apresentaram aos usuários do Twitter e do Facebook um registro visual de algo que muito pouca gente viu ou mesmo ouviu falar.

Gerado de maneira semelhante à do arco-íris solar, seu "primo" mais comum, o arco-íris lunar ocorre quando a luz (refletida pela Lua, em vez de irradiada diretamente pelo Sol) é refratada pela chuva ou pela névoa suspensa na atmosfera.

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Muito mais delicado e fugaz do que um arco-íris comum, o lunar raramente apresenta todo o espectro de cores e aparece tipicamente num tom branco-gelo.

Tema para as artes

Por causa de seu aspecto fantasmagórico e de seu charme espectral, pode-se pensar que o arco-íris lunar é um tema ideal para os artistas que querem evitar cair no lugar-comum do arco-íris mais conhecido.

Um comentário do pintor de paisagens inglês John Constable, que chamou o arco-íris lunar de "o mais belo e raro acontecimento", sugere que alguns artistas de fato estiveram atentos ao seu apelo.

Mas é surpreendente descobrir que, além de uma tela notável do pintor romântico alemão Caspar David Friedrich (1774-1840), o arco-íris lunar está ausente dessa forma de arte.

Em sua obra Paisagem Montanhosa com Arco-Íris (1809-1810), um arco resplandecente atravessa a escuridão observada por um caminhante, como se formando uma cúpula sobre ele.

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Além das artes plásticas, há também ao menos uma referência conhecida ao fenômeno na literatura.

Há mais de dois séculos, no outono de 1799, o poeta inglês William Cole, hoje quase desconhecido, se surpreendeu com a visão extraordinária sobre o céu que escurecia sobre a região de Norfolk e registrou seu fascínio com a cena em um poema:

"A atmosfera com vapores úmidos no ar/ E a Lua pálida exibe seu arco lunar."

Consciente de que os leitores de seu poema provavelmente ficariam surpresos com o evento que ele descrevia, Cole incluiu uma nota de rodapé, direcionando os leitores a um artigo num jornal local que comprovava sua citação:

"Veja o Norfolk Chronicle, edição de 17 de novembro de 1799."

  • Leia a versão original em inglês no site
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