'Não vamos resolver isso até o dia 1º', diz líder do governo nos EUA sobre tarifaço de Trump
Jaques Wagner tenta articular caminho para diálogo entre o Planalto e a Casa Branca
Em missão oficial nos Estados Unidos, senador Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo na Casa, não acredita que a questão do tarifaço será solucionada até sexta-feira, 1º. “Não vamos resolver isso até o dia 1º. É sexta-feira. O encontro de dois presidentes da República não se prepara da noite para o dia”, disse na noite de terça-feira, 29. A presença de Wagner nos EUA ocorre em meio à expectativa pela entrada em vigor de novas tarifas sobre produtos brasileiros, prevista para o dia 1º de agosto.
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Segundo Wagner, o Brasil busca criar condições para um encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. “Estamos abrindo caminhos para que o diálogo entre os chefes de Estado aconteça no momento oportuno, com serenidade e responsabilidade”, disse Wagner.
Segundo Wagner, a missão brasileira tem como principal objetivo iniciar um processo de aproximação com autoridades norte-americanas, evitando confrontos e priorizando a diplomacia. “Eu vim aqui plantar, estamos plantando. Eu não vim aqui com a pretensão de colher”, afirmou.
Tempo curto
Durante as reuniões em Washington, Wagner destacou a tentativa de ampliar o prazo para que as novas tarifas passem a valer, argumentando que o tempo oferecido ao Brasil foi menor do que o concedido a outros países. “Todos os países tiveram 60, 90 dias; em 20 dias, como é que os empresários se organizam?”, questionou.
O senador também reforçou a importância de uma reunião entre os presidentes, afirmando que o diálogo direto pode ajudar a superar barreiras políticas e comerciais. “Eu sempre acho importante substituir o meio magnético virtual. Olho no olho é diferente, e o presidente Lula é campeão disso”, afirmou. “Se depender da minha opinião, esse encontro, para mim, sempre será produtivo para desmistificar preconceitos de parte a parte.”
A agenda de Wagner incluiu conversas com representantes do governo americano e de setores econômicos. O objetivo, segundo ele, é construir um canal de diálogo duradouro entre os dois países, com foco em confiança mútua e entendimento.
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