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Maia defende que divergências sejam deixadas de lado e sugere reunião entre Poderes

26 mar 2020 - 18h35
(atualizado às 21h23)
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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu nesta quinta-feira que "divergências" sejam deixadas de lado e sugeriu que o presidente Jair Bolsonaro convoque uma reunião "franca" entre os Poderes para decisões conjuntas de enfrentamento à crise do coronavírus.

09/04/2019
REUTERS/Adriano Machado
09/04/2019 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

"É importante que o presidente possa convocar uma reunião com todos os Poderes, com as equipes técnicas, com o ministro (da Saúde, Luiz Henrique) Madetta, com o ministro (da Economia, Paulo) Guedes, com o ministro (da Cidadania), Onyx (Lorenzoni), para que todos em conjunto possam opinar em uma reunião reservada, com diálogo aberto, com diálogo franco", afirmou.

"Eu acho que está na hora de a gente conseguir deixar divergências de lado, não acho que as divergências têm contribuído, faço parte delas também. Então, é importante que a gente possa sentar e dar soluções.", afirmou, acrescentando que o governo federal deve assumir o papel de coordenar e organizar as ações conjuntas.

Maia defendeu que seja discutido um pacote de medida que dê condições ao cidadão seguir as orientações de isolamento da Organização Mundial de Saúde (OMS), de governadores e de prefeitos.

Para ele, esse pacote precisa levar em conta uma renda emergencial --a Câmara deve votar proposta nesta quinta que confere uma renda emergencial de 500 reais por três meses a vulneráveis--, a questão do aluguel de pequenas e médias empresas, e sugeriu que possa ser adotada uma modalidade de crédito em banco.

O presidente da Câmara se posiciono, ainda, contrário a qualquer hipótese de adoção de um imposto nos moldes da CPMF para auxiliar os cofres públicos.

"Nós vamos taxar o cidadão que vai ficar desempregado com uma nova CPMF?", questionou, avaliando que a discussão não é tributar mais a sociedade, mas suspender o pagamento de impostos, principalmente para os pequenos empresários.

"Acho que o que falta é a gente, em conjunto, sob a liderança do Poder Executivo, sentar e organizar isso", defendeu. "Todos dialogando, Parlamento, Judiciário, Poder Executivo, e construir as soluções em conjunto."

Maia explicou que eventual pacote para enfrentamento da crise, se decidido de maneira coordenada, terá uma tramitação mais célere no Congresso.

O presidente da Câmara avaliou ainda que qualquer decisão para a doação de um isolamento vertical, no qual somente idosos e pessoas portadoras de doenças permaneceriam confinadas, precisa ser planejada.

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