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Ibovespa recua 0,4%; Vale sobe e alivia pressão

19 out 2017 - 19h04
(atualizado às 19h04)
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O principal índice da bolsa paulista fechou em baixa nesta quinta-feira, diante de um cenário externo menos favorável a ativos de risco, embora tenha se afastado das mínimas após as ações da Vale reverterem para cima.

O Ibovespa caiu 0,4 por cento, a 76.283 pontos, após cair 1,6 por cento na mínima. O giro financeiro do pregão somou 7,16 bilhões de reais, abaixo da média diária para o mês até a véspera, de 11,4 bilhões de reais.

A leve melhora em Wall Street também aliviou o Ibovespa. Após cair cerca de 0,5 por cento mais cedo, o S&P 500 fechou com variação positiva de 0,03 por cento.

No exterior, a tensão entre Catalunha e o governo central da Espanha diminuiu o apetite de investidores por ativos de risco.

O governo espanhol anunciou que vai suspender a autonomia da Catalunha e impor o regime direto sobre a região, após o líder catalão ameaçar seguir adiante com uma declaração formal de independência se Madri se recusar a dialogar.

Por aqui, o presidente Michel Temer obteve vitória na noite passada, com a aprovação do parecer na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados pela rejeição da segunda denúncia contra ele. O parecer deve ser analisado pelo plenário da Câmara na próxima semana.

"O resultado da semana que vem está praticamente dado e a denúncia deve ser rejeitada. Aí a gente vai voltar para o que é relevante: se terá reforma ou não", disse o economista da Órama Investimentos Alexandre Espirito Santo, adicionando que o cenário político não parece favorável para reformas mais complexas.

DESTAQUES

- VALE ON subiu 2,26 por cento, após ter chegado perder 1,74 por cento na mínima, diante da queda de mais de 3 por cento nos contratos futuros do minério de ferro na China e com a reação morna de analistas sobre os dados de produção do terceiro trimestre. No período, a mineradora produziu o recorde de 95,1 milhões de toneladasde minério de ferro, alta de 3,3 por cento ante mesmo período de 2016. O mercado também reagiu à aprovação dos acionistas preferencialistas da Vale da conversão de suas ações em votantes.

- USIMINAS PNA subiu 4,45 por cento, liderando a ponta positiva do índice, após a agência Fitch elevar a nota da siderúrgica de CCC para B e definir perspectiva estável, citando melhora significativa no perfil de crédito da companhia apoiada em tendência de redução de endividamento e riscos de refinanciamento administráveis.

- MRV ON caiu 4,26 por cento, diante do receio que um eventual empréstimo do FGTS à Caixa possa restringir a disponibilidade de recursos para financiamento habitacional, especialmente de baixa renda.

- CYRELA ON perdeu 3,03 por cento, após divulgar dados operacionais do terceiro trimestre, que vieram mistos, segundo analistas da Citi Corretora. As vendas contratadas líquidas da empresa isoladamente subiram 32,9 por cento ante igual período de 2016. A equipe do Citi destaca que o ganho veio principalmente por aumento nas vendas de lançamentos, enquanto as vendas de estoques diminuíram.

- PETROBRAS PN recuou 0,06 por cento e PETROBRAS ON perdeu 0,66 por cento, em linha com o movimento dos preços do petróleo no mercado internacional. A decisão do governo de excluir as participações da Petrobras na Braskem do Programa Nacional de Desestatização (PND) deve desburocratizar a venda da fatia da Petrobras na empresa, segundo operadores. BRASKEM cedeu 0,13 por cento. - BRADESCO PN recuou 0,41 por cento e ITAÚ UNIBANCO PN caiu 0,72 por cento.

Para ver as maiores baixas do Ibovespa, clique em Para ver as maiores altas do Ibovespa, clique em

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