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Graça Foster diz que Petrobras tem sistema de proteção 'bastante adequado'

11 set 2013 - 19h19
(atualizado às 19h21)
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<p>A executiva da estatal participou de uma visita, ao lado da presidente Dilma Rousseff, ao estaleiro Inhaúma, no Caju, na zona norte do Rio</p>
A executiva da estatal participou de uma visita, ao lado da presidente Dilma Rousseff, ao estaleiro Inhaúma, no Caju, na zona norte do Rio
Foto: Daniel Ramalho / Terra

A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, tentou minimizar, nesta quarta-feira, as denúncias de que a estatal foi espionada pela agência de segurança dos Estados Unidos (NSA na sigla em inglês). Segundo ela, a companhia tem um sistema de proteção de seus dados “bastante adequado”, que é constantemente atualizado.

“Nós fazemos, permanentemente, alterações neste sistema. É um sistema tecnológico que faz a proteção de todos os demais sistemas de nossa companhia”, afirmou, após participar de visita, ao lado da presidente Dilma Rousseff, ao estaleiro Inhaúma, no Caju, na zona norte do Rio. É lá que está sendo feita a conversão do casco da plataforma P-74, que será instalada em campos de exploração na camada pré-sal.

A executiva da estatal frisou que as constantes atualizações no sistema de segurança fazem parte das medidas de proteção que a Petrobras adota. Ela ressaltou que não foi identificado, dentro da empresa, qualquer vazamento de informações recente.

Graça Foster acrescentou não haver qualquer indicação de que o leilão do campo de Libra, na camada pré-sal, será adiado diante de indícios de que a Petrobras foi espionada. “Até onde sei, não há qualquer possibilidade de alteração deste leilão”, disse.

Espionagem americana no Brasil
Matéria do jornal O Globo de 6 de julho denunciou que brasileiros, pessoas em trânsito pelo Brasil e também empresas podem ter sido espionados pela Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (National Security Agency - NSA, na sigla em inglês), que virou alvo de polêmicas após denúncias do ex-técnico da inteligência americana Edward Snowden. A NSA teria utilizado um programa chamado Fairview, em parceria com uma empresa de telefonia americana, que fornece dados de redes de comunicação ao governo do país. Com relações comerciais com empresas de diversos países, a empresa oferece também informações sobre usuários de redes de comunicação de outras nações, ampliando o alcance da espionagem da inteligência do governo dos EUA.

Ainda segundo o jornal, uma das estações de espionagem utilizadas por agentes da NSA, em parceria com a Agência Central de Inteligência (CIA) funcionou em Brasília, pelo menos até 2002. Outros documentos apontam que escritórios da Embaixada do Brasil em Washington e da missão brasileira nas Nações Unidas, em Nova York, teriam sido alvos da agência.

Logo após a denúncia, a diplomacia brasileira cobrou explicações do governo americano. O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, afirmou que o País reagiu com “preocupação” ao caso.

O embaixador dos Estados Unidos, Thomas Shannon negou que o governo americano colete dados em território brasileiro e afirmou também que não houve a cooperação de empresas brasileiras com o serviço secreto americano.

Por conta do caso, o governo brasileiro determinou que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) verifique se empresas de telecomunicações sediadas no País violaram o sigilo de dados e de comunicação telefônica. A Polícia Federal também instaurou inquérito para apurar as informações sobre o caso.

Após as revelações, a ministra responsável pela articulação política do governo, Ideli Salvatti (Relações Institucionais), afirmou que vai pedir urgência na aprovação do marco civil da internet. O projeto tramita no Congresso Nacional desde 2011 e hoje está em apreciação pela Câmara dos Deputados.

Fonte: Terra
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