Fux alega 'cerceamento da defesa' de Bolsonaro e pede anulação
Para ministro, advogados não tiveram tempo para avaliar provas
O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), concordou com a tese dos advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro de que as defesas dos réus da trama golpista não tiveram tempo hábil para analisar todas as provas e votou pela "nulidade do processo desde o recebimento da denúncia".
Em seu voto, Fux abriu mais uma divergência com o relator Alexandre de Moraes e disse que "salta aos olhos a quantidade de material probatório envolvido" na investigação, que totaliza 70 terabytes de arquivos.
"É um tsunami de dados", afirmou o ministro, acrescentando que o prazo de 161 dias entre o recebimento da denúncia e o início do julgamento não foi suficiente para que os réus tivessem pleno conhecimento das provas, constituindo um "cerceamento da defesa".