Reintegração de posse em Engenho Novo, no Rio de Janeiro, é marcada por confronto e incêndios
Foto: Ale Silva / Futura Press
A tropa de choque se posicionou para ocupar a área do terreno da empresa de telefonia OI
Foto: Ale Silva / Futura Press
Alguns moradores deixaram o local pacificamente
Foto: Ariel Subirá / Futura Press
Um carro da polícia foi incendiado por populares
Foto: Ale Silva / Futura Press
Um incêndio também consumiu o próprio prédio ocupado pelos invasores
Foto: Ale Silva / Futura Press
Fumaça é vista de longe
Foto: Ale Silva / Futura Press
Homem é detido pela Polícia Militar
Foto: Ale Silva / Futura Press
Morador é flagrado atirando pedras contra a tropa de choque
Foto: Ariel Subirá / Futura Press
O prédio ocupado pegou fogo logo no início da desocupação
Foto: Ariel Subirá / Futura Press
Houve confronto entre PMs e moradores, que se negaram a sair do local
Foto: Vladimir Platonow / Agência Brasil
Cerca de 1,6 mil policiais militares participam a ação de reintegração de posse
Foto: Vladimir Platonow / Agência Brasil
Helicóptero sobrevoa região do terreno da Oi que está sendo desocupado
Foto: Vladimir Platonow / Agência Brasil
Ônibus pegou fogo em uma rua paralela à 2 de Maio, vizinha ao prédio da Oi. A fumaça do incêndio no ônibus entrou em várias quitinetes. Bombeiros resgataram moradores pelo telhado. Alguns chegaram a passar mal
Foto: André Naddeo / Terra
Mateus Gomes, 16 anos (sem camisa), mora com a mãe, a tia e a irmã em uma das quitinetes e conta que desmaiou com a fumaça. Minha janela pegou fogo e fiquei com medo de tudo explodir, porque são muitos bujoes de gás ali, disse. Mas fiquei preocupado mesmo com minha mãe, que está grávida. Na hora foi uma correria danada, relatou.
Foto: André Naddeo / Terra
Famílias retiram seus pertences de dentro de casa
Foto: André Naddeo / Terra
Sem ter para onde ir, moradores que deixaram o terreno empilham suas coisas em frente ao prédio
Foto: André Naddeo / Terra
Moradores escreveram seus nomes nos barracos, delimitando sua área dentro do terreno
Foto: André Naddeo / Terra
Barracos construídos pelas famílias que estavam no local ficaram abandonados
Foto: André Naddeo / Terra
Batalhão de Choque da Polícia Militar ocupa o terreno da Oi na zona norte do Rio após retirar todos os moradores do local
Foto: André Naddeo / Terra
A PM cerceou o trabalho da imprensa ameaçando jornalistas e prendendo um repórter durante desocupação no Rio
Foto: Vladimir Platonow / Agência Brasil
Enquanto policiais passavam, alguns moradores xingavam os agentes
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Policiais Militares fazem ronda sob o olhar de moradores do local
Foto: Mauro Pimentel / Terra
PM exibe armas e faz barreiras na favela do Rato Molhado
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Moradores observam os policiais que ocupam a comunidade, que fica próxima ao terreno da Oi
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Policiais revistaram moradores na favela do Rato Molhado
Foto: Mauro Pimentel / Terra
A comunidade fica ao lado do terreno da Oi, no Engenho Novo
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Polícia ocupa a favela do Rato Molhado após a reintegração de posse do terreno da Oi
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Morador ergue as mãos após ser atingido por bomba de gás atirada pela polícia
Foto: André Naddeo / Terra
Cerca de 1,6 mil homens da Polícia Militar participaram da ação, que começou durante a madrugada
Foto: André Naddeo / Terra
Batalhão de Choque vai as ruas para impedir que novas ocupações aconteçam
Foto: André Naddeo / Terra
Mais de 2 mil pessoas estavam no local, de acordo com a Polícia Militar
Foto: André Naddeo / Terra
Moradora mostra pés e pernas feridos após a ação da polícia na desocupação do prédio da Oi
Foto: André Naddeo / Terra
O prédio, que estava abandonado, foi ocupado e loteado por moradores de diversas comunidades há pouco mais de uma semana
Foto: André Naddeo / Terra
Menino vítima do gás atirado por PMs é carregado por moradores na favela do Rato Molhado
Foto: André Naddeo / Terra
Famílias expulsas pela Polícia Militar da invasão de um prédio desativado da empresa de telefonia Oi protestam em frente à sede da prefeitura municipal e pedem acesso à casa própria
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Famílias expulsas pela Polícia Militar da invasão de um prédio desativado da empresa de telefonia Oi protestam em frente à sede da prefeitura municipal e pedem acesso à casa própria
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Famílias expulsas pela Polícia Militar da invasão de um prédio desativado da empresa de telefonia Oi protestam em frente à sede da prefeitura municipal e pedem acesso à casa própria
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Famílias expulsas pela Polícia Militar da invasão de um prédio desativado da empresa de telefonia Oi protestam em frente à sede da prefeitura municipal e pedem acesso à casa própria
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Famílias expulsas pela Polícia Militar da invasão de um prédio desativado da empresa de telefonia Oi protestam em frente à sede da prefeitura municipal e pedem acesso à casa própria
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Famílias expulsas pela Polícia Militar da invasão de um prédio desativado da empresa de telefonia Oi protestam em frente à sede da prefeitura municipal e pedem acesso à casa própria
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Famílias expulsas pela Polícia Militar da invasão de um prédio desativado da empresa de telefonia Oi protestam em frente à sede da prefeitura municipal e pedem acesso à casa própria
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Famílias expulsas pela Polícia Militar da invasão de um prédio desativado da empresa de telefonia Oi protestam em frente à sede da prefeitura municipal e pedem acesso à casa própria
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Famílias expulsas pela Polícia Militar da invasão de um prédio desativado da empresa de telefonia Oi protestam em frente à sede da prefeitura municipal e pedem acesso à casa própria
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Famílias expulsas pela Polícia Militar da invasão de um prédio desativado da empresa de telefonia Oi protestam em frente à sede da prefeitura municipal e pedem acesso à casa própria
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Famílias expulsas pela Polícia Militar da invasão de um prédio desativado da empresa de telefonia Oi protestam em frente à sede da prefeitura municipal e pedem acesso à casa própria
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Famílias expulsas pela Polícia Militar da invasão de um prédio desativado da empresa de telefonia Oi protestam em frente à sede da prefeitura municipal e pedem acesso à casa própria
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Famílias expulsas pela Polícia Militar da invasão de um prédio desativado da empresa de telefonia Oi protestam em frente à sede da prefeitura municipal e pedem acesso à casa própria
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Grupo diz que ficará no local até ser recebido pelo prefeito
Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil
Famílias expulsas pela Polícia Militar da invasão de um terreno abandonado da empresa de telefonia Oi acampam em frente à sede da prefeitura municipal em protesto por moradia
Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil
Homens, mulheres e crianças passaram a noite acampados em frente à prefeitura
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Moradores querem que a prefeitura do Rio apresente uma solução para as famílias
Foto: Daniel Ramalho / Terra
As famílias dizem não ter para onde ir depois de serem retiradas do prédio que pertence à Oi, na zona norte do Rio
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Os moradores passaram a noite no local
Foto: Daniel Ramalho / Terra
As famílias que foram expulsas do terreno da Oi acamparam em frente à prefeitura do Rio
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Moradores removidos do prédio da Oi no Engenho Novo, no Rio, seguem acampados em frente à prefeitura do Rio. Os cerca de mil manifestantes chegaram a fechar todo o sentido centro da avenida Presidente Vargas, mas a via já foi liberada
Foto: Ale Silva / Futura Press
Moradores removidos do prédio da Oi no Engenho Novo, no Rio, seguem acampados em frente à prefeitura do Rio. Os cerca de mil manifestantes chegaram a fechar todo o sentido centro da avenida Presidente Vargas, mas a via já foi liberada
Foto: Ale Silva / Futura Press
Moradores removidos do prédio da Oi no Engenho Novo, no Rio, seguem acampados em frente à prefeitura do Rio. Os cerca de mil manifestantes chegaram a fechar todo o sentido centro da avenida Presidente Vargas, mas a via já foi liberada
Foto: Ale Silva / Futura Press
Manifestantes bloquearam a avenida Presidente Vargas e, para liberar a pista, os guardas municipais usaram bombas de gás lacrimogêneo e cassetetes para dispersar a multidão
Foto: Ale Silva / Futura Press
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Cerca de 150 pessoas estão acampadas em frente ao prédio da prefeitura do Rio, na Cidade Nova, desde a tarde de sexta-feira, 11. O grupo fazia parte da ocupação do prédio da Oi, no Engenho Novo, que chegou a reunir 5 mil pessoas em 11 dias, e foi retirado na manhã de ontem em uma ação policial.
O fotógrafo e cinegrafista Rodrigo Moreira, que participou da ocupação desde o começo, diz que o grupo quer ser recebido pelo Poder Público para negociar uma solução de acesso à moradia. "A gente quer um direito que a Constituição nos dá, que é o direito à moradia, dentro das nossas condições. A gente não quer nada de graça, não quer dinheiro, queremos sentar com eles (o Poder Público) para ver uma proposta e a gente dar dignidade à família, com uma moradia".
Ele diz que morava de favor em um quarto com a esposa e dois filhos, de 6 e 3 anos, depois que perdeu o emprego e não pôde mais pagar o aluguel de R$ 350. Apesar de ter cadastro no Minha Casa, Minha Vida há cinco anos, nunca teve acesso ao programa habitacional, então viu na ocupação uma oportunidade de iniciar um diálogo com o Poder Público.
"Aquele lugar não era nosso, ninguém é maluco para não saber disso. Mas a gente esperava que o governo do estado, assim como mandou tropa de choque, mandasse algum defensor público, assistente social, só veio policial civil à paisana, P2, PM, choque, veio tudo, menos o representante do governo em que nós votamos. Eles (os governantes) se acuaram, botaram as pessoas para nos agredir, estamos com vários hematomas, a gente esperava uma conversa dentro de uma paz, não estamos aqui para tomar a vez de ninguém no Minha Casa, Minha Vida".
A babá Caroline de Souza, 20 anos, dormiu com o filho de 4 anos em frente à prefeitura. Ela relata que morava com a mãe, mas como não estava bem com ela, teve que sair de casa. Caroline tem outro filho, de 2 anos, que deixou com uma tia. "Eu não tenho para onde ir, o dinheiro que tinha para pagar o aluguel onde morava tive que comprar as tábuas para montar meu barraco e agora fiquei na rua. Tinha fogão, botijão, agora sumiu tudo, não consegui pegar nada. Cama, colchão, até a roupa das crianças estava lá (no prédio da Oi)".
No local da ocupação, o policiamento está reforçado e o prédio está sendo cercado com tapumes de madeira. O portão de entrada principal foi fechado com um muro de concreto e seguranças particulares não deixam ninguém entrar. Vários caminhões da Companhia de Limpeza Urbana (Comlurb) são vistos saindo pelo estacionamento e ainda há muita madeira dentro, além de objetos como bicicletas, cadeiras e colchões.
O aposentado Francisco Alberto das Chagas, de 61 anos, voltou hoje de manhã à ocupação para tentar reaver os documentos que ficaram dentro do prédio, mas não conseguiu entrar. "Ficou lá dentro um saco com documentos e outros utensílios, colchão, outras coisas que não deu tempo de apanhar. Ontem, na hora da desocupação me avisaram que eu podia ir embora e voltar depois para pegar, mas quando voltei estava tumultuado e não me deixaram mais entrar. Retornei hoje e me falaram que era ordem de não deixar ninguém entrar para pegar nada".
Ele diz que foi para o prédio da Oi para sair do aluguel de R$ 350 no Jacarezinho, e estava lá com a esposa, filhos e netos. "Falaram que iam cadastrar todo mundo, mas na hora do tumulto não veio assistência social, só o choque, jogaram bomba de gás, bala de borracha".
A prefeitura informou que a operação no local está a cargo da Polícia Militar (PM) e que a Comlurb está apenas dando apoio, não tendo responsabilidade sobre os objetos retirados do prédio. A assessoria da PM disse também que está apenas dando apoio à operação e que não tem informação sobre o local para onde os objetos serão levados.
Em nota, a prefeitura informou que equipes de assistentes sociais estiveram no local ontem, "mas apenas 177 ocupantes do terreno aceitaram o apoio". De acordo com a nota, será feito um levantamento para que eles sejam encaminhados a programas sociais.
No confronto de ontem, um rapaz foi gravemente ferido e está em observação no Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro. A Secretaria Municipal de Saúde confirma que Maicom Gonçalves tem um ferimento grave no olho, mas está estável. Ele é avaliado e deve passar por uma cirurgia, ainda sem previsão de data. A secretaria não confirma se o ferimento foi causado por um tiro de bala de borracha.