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Em carta, Moro diz se inspirar em juiz italiano

Giovanni Falcone é referência para futuro ministro da Justiça

5 nov 2018 - 15h06
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O juiz federal Sérgio Moro enviou uma mensagem aos colegas da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) na última sexta-feira (2) em que revela ter se inspirado no juiz italiano Giovanni Falcone, da "Operação Mãos Limpas", para aceitar o convite do presidente eleito, Jair Bolsonaro, para assumir a Ministério da Justiça no novo governo. As informações são do jornal "Folha de S. Paulo".

    No texto, Moro lembra que Falcone trocou Palermo, no sul da Itália, por Roma, onde assumiu o cargo de diretor de assuntos penais do Ministério da Justiça da Itália em 1991, após ter combatido a organização mafiosa "Cosa Nostra" nos anos 1980. A operação prendeu três mil pessoas e investigou cerca de 500 parlamentares. Após conseguir a condenação da "Cosa Nostra" na Itália, Falcone dedicou-se a projetos de lei antimáfia no Poder Executivo.

    O trabalho de combate à corrupção levou ao assassinato do magistrado, de sua mulher e de três guarda-costas, em 1992, em um atentado a bomba. O ex-chefe do clã dos Corleone, Totò Riina, foi o mandante do crime, pelo qual foi condenado à prisão perpétua.

    O juiz brasileiro, famoso pela atuação na operação Lava Jato, disse esperar fazer um trabalho parecido com o de Falcone em Brasília. Ele termina a mensagem aos colegas de toga agradecendo por mensagens de apoio. Segundo o jornal "O Estado de S. Paulo", Moro encaminhou ofício nesta segunda-feira (5) à Corregedoria da Justiça Federal em que informa que pretende pedir exoneração do cargo de juiz federal em janeiro do ano que vem.

Ansa - Brasil   
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