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Dois militares e 5 suspeitos morrem em operação com milhares de soldados em favelas do Rio

20 ago 2018 - 20h04
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Dois militares e cinco suspeitos morreram durante operação conjunta das Forças Armadas e da Polícia Civil em favelas do Rio de Janeiro nesta segunda-feira para combater quadrilhas do tráfico de drogas, informou o Exército.

Soldados do Exército durante operação no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro 20/08/2018 REUTERS/Ricardo Moraes
Soldados do Exército durante operação no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro 20/08/2018 REUTERS/Ricardo Moraes
Foto: Reuters

As operações foram deflagradas durante a madrugada nos Complexos do Alemão, da Penha e da Maré, algumas das áreas mais visadas pelas forças de segurança durante os seis meses de intervenção federal na área de segurança pública do Rio.

Ao menos cinco suspeitos morreram durante a operação, informou o Comando Conjunto da intervenção federal em nota oficial.

Além dos suspeitos, um militar do Exército foi morto pela manhã em decorrência de ferimento provocado por arma de fogo, informou um porta-voz do Comando Militar do Leste (CML).

De acordo com a Secretaria de Estado de Segurança Pública do RJ, essa foi a primeira morte de um homem do Exército durante uma operação deflagrada sob comando da intervenção federal.

Um segundo militar morreu no fim da tarde em um novo confronto no complexo da Penha, de acordo com o CML.

As operações conjuntas, que segundo os militares tinham como objetivo combater o tráfico de drogas, contaram com cerca de 4.200 soldados e 70 policiais civis, assim como blindados e aeronaves.

Um ônibus foi incendiado por traficantes perto das comunidades envolvidas na operação, e suspeita-se que a ação seja uma retaliação ordenada por traficantes.

Há seis meses o presidente Michel Temer decretou uma intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro devido à crise de violência no Estado.

Desde o início da intervenção, tanto o número de assassinatos como o número de pessoas mortas em confrontos com a polícia subiram, colocando em dúvida a eficiência da estratégia criticada por depender de táticas militares, pela falta de transparência e por ter metas incertas.

Também nesta segunda-feira, outros seis suspeitos morreram após confronto com policiais em um dos acessos à ponte Rio-Niterói, na região metropolitana da capital fluminense.

Segundo a polícia, os suspeitos estavam em pelo menos dois carros e foram surpreendidos por policiais. Quatro suspeitos morreram na troca de tiros e outros dois quando foram levados para uma hospital da região.

Um policial e um passageiro de um ônibus também foram baleados e ficaram feridos.

Cerca de 64 mil pessoas foram assassinadas no Brasil em 2017, e a violência tem se tornado uma questão-chave para as eleições presidenciais de outubro.

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