Os shoppings Metrô Tatuapé e Boulevard Tatuapé, que compõem o Complexo Comercial do Tatuapé, em São Paulo, conseguiram liminar na Justiça nesta quinta-feira proibindo “rolezinhos” em suas dependências até o fim de fevereiro. Segundo a decisão da Justiça, há eventos marcados pela internet para acontecerem no local no próximo sábado, no dia 26 de janeiro e no dia 22 de fevereiro.
De acordo com o juiz Luis Fernando Nardelli, da 3ª Vara Cível, “em algumas ocasiões, os 'rolezinhos' resultaram em arrastão dentro do estabelecimento comercial, como se extrai nas reportagens referentes ao Shopping Internacional de Guarulhos e ao Shopping Metrô Itaquera”. Por isso, para o magistrado, “é justo” o “receio dos autores de serem molestados na posse mansa e pacífica dos shoppings”.
“A liberdade de expressão prevista na Constituição Federal não abarca a violência, tampouco prejuízo aos usuários e aos outros lojistas”, afirma o juiz. “É de rigor estabelecer o limite e impedir a aglomeração de pessoas cujo objetivo precípuo é a realização de tumulto e vandalismo.” Segundo a decisão, quem descumprir a liminar poderá ser multado em R$ 10 mil.
Shopping Campo Limpo fecha mais cedo com medo do "rolezão popular" organizado pelo MTST
Foto: Luiz Claudio Barbosa / Futura Press
No shopping Jardim Sul, cerca de 500 pessoas ligadas aos sem-teto saíram da estação Giovanni Gronchi da CPTM por volta das 18h e seguiam em passeata pela avenida de mesmo nome até o shopping
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
O estabelecimento colocou seguranças particulares nos acessos ao shopping
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Na entrada principal, havia cerca de 20 homens e uma barreira de grades de proteção
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Cartão de conta salário também foi apresentado durante a manifestação
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Manifestante mostra nota de R$50 para seguranças que impediram a entrada do grupo
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Seguranças acompanham a manifestação em frente à entrada principal do shopping
Foto: Vagner Magalhães / Terra
Quando os manifestantes se aproximaram de um dos acessos, houve um princípio de tumulto
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
O estabelecimento colocou seguranças particulares nos acessos
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
A coordenadora estadual do MTST, Ana Paula Ribeiro, afirmou que o movimento apoia a causa dos jovens que fazem os chamados "rolezinhos"
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Quando perceberam que não seria possível entrar, os manifestantes passaram a ironizar os seguranças