SP: mortes por chuvas de verão sobem 150% em relação a 2012
Desde o dia 1º de dezembro do ano passado, Defesa Civil contabiliza 30 mortes em todo o Estado, a maioria vítimas de enchentes
A temporada de chuvas de verão já provocou a morte de 30 pessoas em todo o Estado de São Paulo desde o dia 1º de dezembro de 2012, segundo o último balanço da Defesa Civil estadual, divulgado neste domingo. O número é 150% maior do que o registrado nos quatro meses da Operação Verão do ano passado, quando 12 pessoas morreram em decorrência dos temporais.
Também houve aumento de 100% no número de feridos - de 39 para 78 pessoas, em 2012 e 2013, respectivamente. O total de desabrigados - pessoas que tiveram de deixar suas casas e foram levadas a abrigos públicos - neste verão é cinco vezes maior do que o registrado no ano passado - de 250, subiu para 1.322. Atualmente, 475 pessoas permanecem nessa situação. Já entre os desalojados - aqueles que deixaram suas casas e foram acolhidos nas residências de amigos e parentes -, o número subiu de 1.638 para 5.923.
Entre os 30 óbitos, 15 pessoas morreram em enchentes, sete foram atingidos por raios, três foram vítimas de desabamentos e uma de deslizamento. As demais foram categorizadas como "outros motivos" pela Defesa Civil. Do dia 1º de dezembro de 2012 até 17 de março de 2013, 150 municípios foram atingidos por temporais.
Chuva interdita Rio-Santos
O temporal que atinge o litoral de São Paulo desde o fim da tarde de sábado provocou a interdição da rodovia Rio-Santos, no município de São Sebastião. Segundo a Defesa Civil do município, houve ao menos sete quedas de barreiras em um trecho de 20 quilômetros da rodovia, do km 145 ao 165. Devido aos bloqueios, o bairro de Maresias está isolado.
Cerca de 600 famílias tiveram de deixar suas casas em São Sebastião. De acordo com a Defesa Civil, as áreas mais afetadas ficam nos bairros de Cambury, Boiçucanga e Maresias, na costa sul. Nos últimos três dias, o município acumula 111,4 milímetros de chuva - mais da metade da média histórica de março, que é de 173 milímetros, segundo o Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos.