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SP: Haddad evita criticar secretário e diz que CGM deve investigar sua gestão

18 nov 2013 - 20h09
(atualizado às 20h25)
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Haddad evitou criticar seu ex-secretário de Governo, Antonio Donato
Haddad evitou criticar seu ex-secretário de Governo, Antonio Donato
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra

O prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) evitou criticar seu ex-secretário de Governo, Antonio Donato, que se licenciou do cargo após ter seu nome citado em várias oportunidades por escutas e gravações telefônicas a respeito da fraude do Imposto Sobre Serviço (ISS) na prefeitura. Haddad disse ainda ter confiança na Controladoria-Geral do Município (CGM) e fez questão de ressaltar que o órgão não foi criado para investigar gestões passadas, mas sim a atual administração pública.

“Não concordo que centramos em episódios da gestão passada. A controladoria está fazendo um trabalho de investigação da minha gestão e não foi criada para apurar gestões passadas. As pessoas têm que parar de entender a controladoria como inimigo da administração pública. Não estamos investigando gestões passadas, não é disso que se trata. O governante tem um órgão à sua disposição para ter mais segurança”, disse Haddad.

Para o prefeito, o órgão não é partidário. “A essência da controladoria é a independência político-partidária. Ele (controlador) não tem que pedir licença para investigar e ir ao MP (Ministério Público). Essa é a essência da controladoria. É um órgão de Estado, mas não está a serviço do governo ou partido, mas sim para sociedade”, completou.

Em relação ao envolvimento de Donato, seu coordenador de campanha nas eleições municipais do ano passado, Haddad evitou criticar o vereador, mas também não o defendeu. “O que eu testemunho é que só três pessoas da administração conheciam o andamento das investigações, o controlador eu e o Donato. Já disse isso porque a controladoria não existia no começo do governo”, disse.

Haddad reiterou que não irá recuar em relação à fraude na prefeitura, que pode ter atingido também o Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU). “Não criamos a controladoria para depois de seis meses recuar. O que encontrei me dá mais ânimo pra perseverar no caminho que escolhi trilhar, que é o caminho de apurar e levar às autoridades competentes. Quem levou esses fiscais à prisão foi a prefeitura. Vamos continuar agindo da mesma forma”, disse. 

Fonte: Terra
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