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SP: documentos indicam que Alstom pagou propina ao governo Mário Covas

20 jan 2014 - 03h07
(atualizado às 03h09)
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Um documento apreendido na sede da Alstom, na França, indicam que a empresa distribui propina para obter, em 1998, um contrato de US$ 45,7 milhões (R$ 52 milhões, em valores da época) na gestão de Mário Covas (PSDB) do governo de São Paulo. A denúncia, publicada no jornal Folha de S. Paulo desta segunda-feira, indica que integrantes da Secretaria de Energia e três diretorias da EPTE (Empresa Paulista de Transmissão de Energia participaram do esquema. Até o momento, a Polícia Federal só havia chegado até o intermediador da propina, o lobista Romeu Pinto Jr., que admitiu ter recebido recursos da Alstom para pagar suborno, mas alegou desconhecer os destinatários. 

À época da assinatura do contrato, em abril de 1998, o secretário de Energia era Andrea Matarazzo, que ocupou o cargo por seis meses, que nega ter recebido propina. O documento menciona os destinatários do suborno por meio de siglas. "SE" era a forma como a Alstom chamava a Secretaria de Energia em comunicações internas, segundo papéis do inquérito da PF. As diretorias são designadas pelas siglas DF, DT e DA.  A Folha consultou Jean-Pierre Courtadon, que foi vice-presidente da Alstom-Cegelec e é investigado no Brasil por ter repassado propina, que confirma que DA, DT e DF costumavam designar diretorias administrativas, técnica e financeira.

Fonte: Terra
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