
Quatro pessoas foram detidas durante a Marcha da Família com Deus neste sábado, em São Paulo, depois de uma confusão na praça da Sé, região central da cidade. Entre os detidos estava uma jovem que, segundo a Polícia Militar, teria praticado crime ambiental por tentar pichar a faixa de um manifestante.
O tumulto começou logo após os manifestantes chegarem à Sé. Nas escadarias da Catedral, os organizadores pediram uma salva de palmas aos policiais militares, a quem chamaram de “nossos heróis”. Próximo dali, duas jovens com camisetas com símbolos anarquistas começaram a ser perseguidas por um grupo de supostos skinheads.
Na correria, um grupo entrou em uma farmácia localizada em frente à praça. A PM cercou o local e deteve dois jovens que não conseguiram escapar - uma das meninas e um rapaz que não era integrante da marcha.
De acordo com a PM, três dos quatro detidos foram autuados em flagrante por crime de agressão --um deles teria atirado uma lâmpada em um policial. Todos foram encaminhados ao 8º DP (Mooca).
Durante a marcha, que reuniu cerca de 1 mil pessoas, os manifestantes gritavam palavras de ordem como "Deus, pátria e família" e "Verde e amarelo contra a foice e o martelo" --símbolos da bandeira do Partido Comunista. Muitos carregavam bandeiras do Brasil ou mesmo se vestiam com ela, enquanto o Hino Nacional tocava repetidamente. Nas proximidades da rua Xavier de Toledo, eles cruzaram com jovens vestidos de preto que se encaminhavam para o show da banda Metallica, no Morumbi (zona sul). Confundidos com black blocs, foram chamados de "lixo" e quase foram agredidos.