Rio: helicóptero não estava conseguindo fazer o que queria, diz testemunha
Um operador de máquinas que trabalha em frente à área de treinamento disse ter visto a aeronave sobrevoando momentos antes de cair
Técnicos da Aeronáutica seguem na área de treinamentos da Polícia Civil, no bairro Caju, na zona portuária do Rio, onde um helicóptero da corporação caiu na tarde desta quinta-feira, durante um trabalho de instrução. Eles fazem a perícia da aeronave modelo Esquilo, prefixo PPEIH 01, na qual cinco policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) participavam de um treinamento, na área onde fica um estande de tiro da Polícia Civil.
O operador de máquinas Everton da Costa, que trabalha em frente à área de treinamento, disse ter visto a aeronave sobrevoando momentos antes de cair. Ele contou ter estranhado a movimentação do helicóptero, embora não tenha notado nenhum barulho estranho, ou mesmo alguma indicação de um problema mecânico.
“Eles sempre passam dando rasante, e os policiais vão atirando. Dessa vez, ele passou voando baixo umas três ou quatro vezes, e não deram nenhum tiro. Foi diferente. Parecia que eles não estavam conseguindo fazer o que queriam”, afirmou.
Segundo ele, alguns companheiros de trabalho relataram ter visto a aeronave descendo aos poucos, com a hélice cortando as árvores, até cair. “Sempre fazem esse treinamento aqui, mas nunca tinha visto nenhum problema. Quando vi o helicóptero passando, sem dar tiros, estranhei bastante”, comentou.