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Prefeitura registra boletim de ocorrência contra empresas que aderiram à greve em SP: 'Descaso'

Categoria reclama de 13º salário e vale-refeição das férias; sindicato patronal ainda não respondeu

9 dez 2025 - 18h41
(atualizado às 20h26)
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A Prefeitura de São Paulo afirmou nesta terça-feira, 9, que, a pedido do prefeito Ricardo Nunes (MDB), a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Transporte e a SPTrans registraram um boletim de ocorrência contra as empresas que aderiram à paralisação no transporte público sem aviso prévio.

"A gestão se solidariza com todos os passageiros que dependem do transporte público e que hoje sofrem com o descaso, irresponsabilidade e falta de compromisso dessas companhias com a população", afirma.

Como mostrou o Estadão, motoristas e cobradores de ônibus iniciaram uma paralisação nesta terça. Veículos começaram a ser retirados de circulação a partir das 16h e a paralisação tem reflexos em todas as regiões da cidade. Há registros de falta de transporte público no Parque Dom Pedro II, no centro, em Tremembé e no Tucuruvi, zona norte, no Grajaú e em Campo Limpo, zona sul, na Lapa, na zona oeste, e no Tatuapé, na zona leste.

A Prefeitura de São Paulo determinou a suspensão do rodízio de veículos na tarde desta terça-feira em razão da paralisação de ônibus na cidade.

Quem optou pelo sistema sobre trilhos também tem enfrentado dificuldades. As linhas 13-Jade e 10-Coral da CPTM apresentam falhas nesta terça-feira. Os trens da linha 10 circulam com velocidade reduzida e maior tempo de parada entre as estações Palmeiras-Barra Funda e Luz, devido a problemas técnicos. Já na linha 13, os trens não estão circulando entre as estações Luz e Palmeiras-Barra Funda.

Conforme representantes do sindicato dos motoristas e trabalhadores, o SindMotoristas, a greve se deve ao não pagamento do 13.º salário e do vale-refeição referente às férias, que estaria previsto para esta semana.

Em vídeo direcionado a motoristas e cobradores, o prefeito Ricardo Nunes afirmou que a justificativa é infundada e classificou os empresários à frente das concessionárias como "irresponsáveis". "O pagamento do 13.º é um direito do trabalhador", afirma.

O estopim para o anúncio da paralisação foi uma carta enviada pelas empresas de ônibus nesta terça solicitando adiamento dos pagamentos, o que teria conflitado com o que foi acordado anteriormente.

Na carta, obtida pelo Estadão, representantes dos consórcios afirmam que o pedido de dilação do prazo decorre de uma reunião feita nesta terça junto à Secretaria da Mobilidade e Transporte de São Paulo (SMT).

"Foi-nos comunicado que seria dado conhecimento prévio acerca dos estudos e consequentemente dos valores a serem liberados antes do julgamento do TCM (Tribunal de Contas do Município)", diz o documento.

Procurado pela reportagem, o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss) ainda não retornou.

A Prefeitura da capital afirma que "os repasses às empresas de ônibus estão em dia e o pagamento do 13º salário dos trabalhadores é de responsabilidade exclusiva das concessionárias".

Paulistas reclamam de greve em horário de pico e de chuva e sem aviso prévio

Nas redes sociais, diversos passageiros reclamaram de a greve ocorrer durante chuva, horário de pico e sem ter aviso prévio. A usuária Luciane relatou ausência de ônibus no Terminal Tucuruvi, na zona norte. "Terminal cheio, sem ônibus da Sambaíba desde 16h30. Ônibus foram recolhidos para a garagem. Trabalhador sofrendo no retorno pra casa", escreveu no X.

Na zona sul, um passageiro critica os preços de transportes por aplicativo para um trajeto de 3 km: os valores variam de R$ 35 a R$ 63, segundo ele. O usuário ainda publicou uma foto mostrando o alerta sobre a paralisação.

Estadão
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