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Prefeitura de São Paulo decreta emergência para dengue

O número de óbitos pela doença é três vezes menor em relação aos casos confirmados, quando comparado com o percentual nacional

18 mar 2024 - 13h05
(atualizado às 14h12)
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Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue
Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue
Foto: iStock

A Prefeitura de São Paulo decretou, nesta segunda-feira, 18, estado de emergência em saúde devido à alta de casos de dengue. A cidade tem hoje mais de 400 casos confirmados da doença por 100 mil habitantes.   

O decreto foi assinada pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB), pouco mais de 15 dias após o Estado de São Paulo decretar a mesma medida. A resolução será publicada em edição extra do Diário Oficial.

Outra decisão de Nunes foi enviar nesta segunda o quarto ofício em que solicita ao Ministério da Saúde o envio imediato de doses da vacina Qdenga, utilizada contra a dengue, para a capital. Ele já havia pedido em 29 de janeiro, 6 e 20 de fevereiro, mas não foi atendido. 

"Nós já mandamos três ofícios e não tivemos resposta. Isso é até como uma forma de tentar alertá-los, pois eles precisariam ter se preparado com relação a isso e evitado mortes. Estamos na maior cidade do Brasil e isso tem um peso para demonstrar que eles deram bobeira lá e poderiam ter sido mais ágeis no fornecimento da vacina não só para cidade de São Paulo, mas para todas as cidades do Brasil", concluiu. 

Crianças podem ser vacinadas contra dengue na escola a partir de março
Crianças podem ser vacinadas contra dengue na escola a partir de março
Foto: iStock

De acordo com a pasta, a incidência de casos da dengue chegou a 414 por 100 mil habitantes neste domingo, 17. Ao todo, já foram registrado 49.721 casos e 11 óbitos, o que representa 0,022% do total de casos confirmados. No Brasil foram registrados 491 óbitos (0,063%). No Estado, foram 66 óbitos (0,030% dos casos). 

O que muda

Com o decreto em vigor, podem ser adotadas todas as medidas administrativas necessárias para conter o avanço da doença, como:

  • Aquisição de insumos e materiais;
  • Doação e a cessão de equipamentos e bens;
  • Contratação de serviços estritamente necessários ao atendimento da situação emergencial;
  • Prorrogação, na forma da lei, de contratos e convênios administrativos que favoreçam o combate ao mosquito transmissor dos vírus;
  • Assistência à saúde dos pacientes pela enfermidade;
  • Ações de vigilância epidemiológica, de acordo com a necessidade apurada pela Saúde. 

Dentro do estado de emergência fica previsto a suspensão de férias e folgas dos agentes de combate a endemias e agentes comunitários de saúde, vigilância ambiental e unidades de saúde da cidade. 

Investimento

Nunes anunciou o investimento de R$ 240 milhões para intensificar as ações de combate à dengue no último dia 13. Com isso, serão ampliados o horário de funcionamento das unidades de Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs), e serão contratados mais de 500 médicos para reforçar o atendimento nas unidades de saúde. Também estão previstas a compra de 30 caminhonetes para nebulização e a inclusão de 3,2 mil agentes do Programa Operação Trabalho (POT), sendo 100 em cada uma das 32 subprefeituras. 

Greve na saúde

Em meio ao estado de emergência em saúde por causa da dengue, o Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep) informou ao prefeito Ricardo Nunes que os servidores que os profissionais da área de saúde aderiram à greve dos servidores, mas alguns setores irão funcionar parcialmente. 

A categoria reivindica melhores condições de trabalho e melhora no atendimento à saúde dos agentes públicos; mais concursos; fim das privatizações; reajuste salarial para todo o funcionalismo; fim do desconto de 14% de aposentados e pensionistas; e o pleno direito de férias aos servidores. O sindicato alega ainda que falta estrutura, profissionais para atender e remédios para a população, além de fiscalização e gerenciamento para os serviços de saúde. 

"A verdade é que o prefeito não valoriza servidor(a), serviços públicos e, muito menos, o bem-estar da população. O governo não garantiu o mínimo para evitar o avanço da dengue na cidade de São Paulo. A curva de crescimento nos registros da doença vem desde o ano passado, mas não houve investimento no básico. A prefeitura não comprou telas para cobrir caixas d´água, nesses quatro anos deixou de fazer a manutenção de maquinários do fumacê, e não fez concurso público para agentes de endemias, que são os responsáveis para prevenir doenças como dengue", diz a carta publicada nas redes sociais. 

O Terra procurou a prefeitura para se manifestar acerca da greve, mas não teve retorno até o momento. O espaço segue aberto para manifestações. 

Sintomas da dengue

• Febre alta;

• Dor atrás dos olhos;

• Dor no corpo;

• Manchas avermelhadas na pele;

• Coceira;

• Náuseas; 

• Dores musculares e articulares.

Recomendações para eliminação de criadouros do Aedes aegypti

• Eliminar pratos de plantas ou utilizar um prato justo ao vaso, que não permita acúmulo de água;

• Descartar pneus usados em postos de coleta da Prefeitura;

• Retirar objetos que acumulem água de quintais, como potes e garrafas;

• Verificar possíveis vazamentos em qualquer fonte de água;

• Tampar ralos;

• Manter o vaso sanitário sempre fechado;

• Identificar sinais de umidade em calhas e lajes;

• Verificar a presença de organismos vivos em águas de piscinas ou fontes ornamentais.

Fonte: Redação Terra
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