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Polícia se reúne com Marinha para tentar localizar armas lançadas no mar

Suspeito contratou pescador e lançou fuzis no mar do Rio. Investigadores suspeitas que arma usada no assassinato de Marielle esteja entre as que foram descartadas

4 jul 2019 - 01h11
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RIO - Policiais civis que investigam a morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorrida em março de 2018 no centro da capital fluminense, se reuniram nesta quarta-feira, 3, com integrantes da Marinha. Os policiais pediram auxílio para tentar encontrar as armas que um barqueiro afirma terem sido lançadas ao mar, na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio), em março deste ano, dias após a prisão de Ronnie Lessa, acusado de matar Marielle e Anderson.

A polícia suspeita que entre as seis armas que o barqueiro viu serem jogadas ao mar estava a submetralhadora usada para matar a vereadora e o motorista.

Em nota, a Marinha afirmou que a reunião, no Comando do 1.º Distrito Naval, teve "o propósito de estabelecer cooperação técnica na área pericial, com utilização de ferramenta de análise das correntes marítimas, visando estimar a trajetória de objetos à deriva no mar".

Em depoimento à Polícia Civil, o barqueiro narrou ter sido procurado por um homem, que chegou de táxi ao Quebra-Mar, área da Barra da Tijuca, em 14 ou 15 de março, e disse que queria contratar uma embarcação para fazer pesca submarina perto das Ilhas Tijucas. O barqueiro aceitou o serviço, pelo qual cobraria R$ 60.

Segundo ele, o homem - um suposto comparsa de Lessa - aparentava ter entre 30 e 35 anos, tinha porte atlético e os braços cobertos por tatuagens. Ele entrou no barco com uma caixa de papelão e uma mala grande, onde o barqueiro acreditava que havia arpões e material de pesca.

Ao chegar perto das ilhas Tijucas, o homem retirou da mala supostos seis fuzis e jogou no mar. Embora o barqueiro afirme se tratar de fuzis, os policiais acreditam que a submetralhadora usada para matar Marielle e Anderson estava entre as armas - essa submetralhadora é semelhante a fuzis. Assustado com as armas, o barqueiro não cobrou o cliente, que acabou lhe dando R$ 300.

Estadão
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