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'Não conheço as músicas do rapaz. Tenho bom gosto', diz Nunes sobre projeto 'anti-Oruam'

Prefeito de São Paulo defendeu projeto de lei que visa proibir a contratação de artistas que promovam apologia ao crime organizado

11 fev 2025 - 12h15
(atualizado às 12h44)
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O prefeito de São Paulo Ricardo Nunes
O prefeito de São Paulo Ricardo Nunes
Foto: Taba Benedicto/ Estadão / Estadão

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), defendeu nesta segunda-feira, 10, o projeto de lei da vereadora Amanda Vettorazzo (União Brasil) que visa proibir a contratação, pelo poder público, de shows e artistas que promovam apologia ao crime organizado, uso de drogas ou ao sexo e disse que não conhece as músicas de Oruam, rapper alvo do projeto.

"Pelo que eu vi, ela não associou nada do funk, nada do rap. Ela associou a uma pessoa específica que eu não conheço as músicas do rapaz [Oruam]. Você vê que eu tenho bom gosto para música. Eu nunca vi a música desse cara. Pelo que eu vi, ela questionou sobre uma pessoa, não sobre a questão cultural", afirmou Nunes durante entrevista coletiva em um evento para anunciar investimentos voltados para a Cultura.

"Seria até injusto colocar para a vereadora que ela estivesse fazendo qualquer tipo de ação contra o funk ou qualquer outro tipo de expressão cultural. É aquela pessoa, especificamente, que ela tem colocado e que, evidentemente, se essa pessoa faz qualquer tipo de apologia ao crime, aqui nos palcos de São Paulo, com recurso público, ela não vai ter espaço", completou o prefeito. 

A polêmica com o projeto de lei

Ao divulgar o projeto de lei, Amanda Vettorazzo publicou um vídeo em seu Instagram dizendo que quer proibir Oruam de realizar shows em São Paulo.

Na publicação, ela afirmou que apologia às drogas, ao sexo e às facções criminosas são os "principais temas" das músicas do rapper, que é filho de Marcinho VP, apontado como um dos líderes do Comando Vermelho.

Depois, Oruam respondeu à proposta com uma série de vídeos de curta duração no Instagram, onde disparou ofensas contra a vereadora, chamando-a de "doente mental" e "idiota" e defendendo que suas músicas refletem sua própria realidade.

O rapper também compartilhou um vídeo em que um outro interlocutor diz para "alguém comer ela", em referência à vereadora. Ao fundo, o próprio Oruam repete a frase e completa: "Toma jack". A declaração gerou uma onda de críticas, principalmente porque o termo "jack" é usado nas penitenciárias brasileiras para se referir a um estuprador.

Após as ofensas, a vereadora registrou um boletim de ocorrência contra o rapper. Ela relatou ter recebido "milhares de mensagens" de fãs do artista com "ameaças de morte, envio de figurinhas em forma de revólver, injúrias e difamações".

Oruam então publicou um carrossel de imagens no Instagram que contém uma imagem com a notícia do registro do boletim de ocorrência pela vereadora e com a seguinte legenda: "Sou revoltado mesmo, cresci sem pai, vc não sabe oq é 'vencer' com o mundo contra vc, vcs nunca vão entender a mente de um astro. Aceito ser alvo da mídia, vcs precisam ter um vilão pra enxugar tudo que acontece por aqui, até que isso é bom, odeio bajuladores. No final o traficante é o menor dos problemas".

Diante da repercussão do caso, Amanda Vettorazzo e o MBL lançaram no fim de janeiro um site chamado "leiantioruam" para que parlamentares de outras cidades possam se cadastrar e receber o modelo do projeto de lei para protocolá-lo em suas câmaras municipais (*Com informações do Estadão Conteúdo).

Fonte: Redação Terra
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