MPRJ pede a prisão preventiva de MC Poze por ‘tortura e extorsão’ contra ex-empresário
Denúncia oferecida pelo Ministério Público também envolve nove denunciados sobre caso ocorrido no início de 2023
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) ofereceu uma denúncia contra Marlon Brendon Coelho Couto da Silva, o MC Poze, e outras nove pessoas, pelos crimes de tortura e extorsão mediante sequestro contra seu ex-empresário. O caso em questão teria ocorrido no início de 2023.Entre os denunciados, foi solicitada a decretação da prisão preventiva de sete pessoas – incluindo o cantor.
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De acordo com a denúncia, ajuizada no dia 24 de julho e que veio a público neste dia 1º de agosto, o ex-empresário de MC Poze foi submetido a “intensas agressões físicas e psicológicas” na casa do cantor, em Vargem Grande, bairro do Rio de Janeiro. O objetivo seria “forçar uma confissão sobre a suposta subtração de parte de uma pulseira de ouro”.
Mesmo após a devolução do objeto, segundo o MPRJ, o homem foi mantido em cárcere privado por cerca de uma hora e meia, “durante a qual sofreu socos, chutes, queimaduras com cigarros acesos e golpes com uma arma artesanal feita de madeira e pregos”.
“Ainda segundo a denúncia, as agressões foram cometidas de forma coordenada, com participação ativa de diversos envolvidos, e resultaram em fraturas, lesões extensas e deformidades permanentes, conforme comprovado por laudo pericial”, complementou o Ministério Público, em nota.
O caso foi investigado pela 42ª DP, que revelou que três dos denunciados, mesmo tendo presenciado direta ou indiretamente os atos de violência, prestaram falso testemunho em sede policial, negando os fatos e tentando eximir os demais da responsabilidade criminal.
“Por essa conduta, o MPRJ também os denunciou por crime contra a administração da Justiça. A Promotoria destacou na peça acusatória que os crimes foram praticados com extrema violência e requintes de crueldade, com nítida intenção de exercer justiça privada”, finalizou o órgão.
O Terra tenta contato com a defesa do MC Poze e segue no aguardo de retorno. O espaço segue aberto para manifestação e será atualizado em caso de resposta. Os demais denunciados não tiveram suas identidades citadas pelo MP.
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