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Menina de 8 anos passa 5,6 mil trotes para a PM em 140 dias

22 out 2014 - 22h38
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Uma menina de apenas oito anos de idade é apontada pela Polícia Militar (PM) de Botucatu, no interior de São Paulo, como autora de 5.657 trotes passados para o serviço de emergência do telefone 190 da PM entre maio e outubro deste ano. A garotinha foi surpreendida por PMs na tarde da última de terça-feira quando passava mais um trote pelo celular, na Praça da Juventude, no bairro Cohab 1, na periferia da cidade.

Chamados pelos atendentes, que acionaram uma equipe de rua ao receber mais um trote pelo mesmo celular que era monitorado devido a tantas ligações, os PM se surpreenderam. “Quando eles chegaram ao local quase não acreditaram que era uma criança que estava passando o trote e ficaram mais surpresos ainda quando constataram que o número do celular era o mesmo que estava sendo monitorado e tinha passado mais de 5,6 mil ligações em poucos meses”, contou o capitão Marcelo Ricardo Silva, do 12° Batalhão da Polícia Militar do Interior (BPMI).

A menina usava o celular para se comunicar com a avó quando ia à escola, que fica próxima à praça, e de lá fazia as ligações para o 190. Segundo a PM, entre 28 de maio e 14 de outubro, a menina realizou 5.657 trotes para o telefone 190 da Central de Operações da Polícia Militar (Copom). Segundo a PM, o serviço de atendimento pelo 190 recebe em torno de 400 a 500 ligações por dia, sendo que 20% do total - de 80 a 100 telefonemas - são trotes. Somente a garotinha fez em 140 dias, 5.657 ligações, ou seja, 40 trotes por dia.

Passada a surpresa, os PMs acionaram a direção da escola e avó da menina, que foi levada junto com a menor para a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM). As duas foram liberadas após o registro da ocorrência. Apesar disso, os responsáveis pela criança não serão punidos porque, segundo as autoridades, não houve comunicação falsa de crime, previsto no artigo 340 do Código Penal, punido com até seis meses de detenção ou multa.

“Ela (criança) não tinha ideia, apenas ligada para a central para brincar; dava muitas risadas, mas nunca concluía a ligação pedindo viatura ou comunicando um crime. Por isso, não houve nenhum comunicado de crime, nem pedido de viaturas”, explicou o capitão Marcelo Silva. “Em nenhum momento comunicação falsa chegou a se completar, pois os atendentes também percebiam que se tratava de trote feito por criança”, contou. No entanto, segundo Silva, “ao atender a criança, os telefonistas da PM podem ter perdido tempo com uma ligação falsa enquanto alguém que realmente necessitava do serviço não conseguia falar no 190, atrasando o atendimento da ocorrência”, comentou.

Fonte: Terra
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