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'Marombeiro Pobre Loco': quem é o influenciador alvo de operação da polícia que mira venda ilegal de anabolizantes

Operação investiga organização suspeita de fabricar e distribuir anabolizantes ilegalmente; defesa nega relação com atividades ilícitas

6 ago 2025 - 11h44
(atualizado às 12h40)
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Resumo
O influenciador fitness Renato dos Santos Lopes, conhecido como "Marombeiro Pobre Loco", foi alvo de uma operação policial que investiga a venda ilegal de anabolizantes, mas sua defesa alega que ele não tem ligação com atividades ilícitas e que os produtos em sua posse são para uso próprio com prescrição médica.
Influenciador fitness Renato dos Santos Lopes, de 32 anos, conhecido como "Marombeiro Pobre Loco", foi alvo de mandado de busca e apreensão em Campo Grande
Influenciador fitness Renato dos Santos Lopes, de 32 anos, conhecido como "Marombeiro Pobre Loco", foi alvo de mandado de busca e apreensão em Campo Grande
Foto: Reprodução/Instagram:@pobreloco

O influenciador fitness Renato dos Santos Lopes, de 32 anos, conhecido como "Marombeiro Pobre Loco", foi alvo de mandado de busca e apreensão em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. A operação investiga uma organização suspeita de fabricar e distribuir anabolizantes ilegalmente em todo o País. A defesa afirma  que o influencer não tem qualquer relação com atividades ilícitas. 

Nascido em Campo Grande, Renato se define nas redes como "pai, servo de Deus, empresário, boxeador, fisiculturista e criador de conteúdo". Seus perfis, que somam mais de 2,5 milhões de seguidores, combinam conteúdo humorístico com dicas de musculação, dieta, uso de hormônios e relatos de seu cotidiano.

Em julho deste ano, Renato revelou em entrevista à TV Morena, afiliada à Rede Globo na região, como surgiu seu apelido. "Eu fui preso uma época. Sou atleta e uso medicamentos como testosterona. Me denunciaram, a polícia invadiu minha casa e pegou meus protocolos. Fui preso. Lá, ouvi pela primeira vez alguém dizer 'pobre loco'. Um cara pediu dinheiro emprestado e o outro respondeu: 'Mano, você tá louco? Eu sou pobre loco!'. Aquilo ficou na minha mente", contou. 

Quando saiu da prisão em 2020, decidiu criar um canal no YouTube sobre musculação com dicas econômicas para quem treina. "Sempre fui pobre, mas mantinha um shape legal. Não tinha dinheiro pra tomar nem suplemento, só comida, um pouquinho de hormônio e treino. Queria dar dica pra marombeiro pobre. Daí eu lembrei do 'pobre loco'."

Um de seus vídeos ganhou grande alcance, projetando sua imagem nacionalmente. Apesar de oportunidades em São Paulo e Rio, preferiu permanecer em Campo Grande com sua família, onde administra uma loja de suplementos. "Comecei a focar na academia, comecei a ter resultados, minha vida melhorou. Hoje em dia, eu nem treino mais por estética. Treino mais pela cabeça mesmo, pra me desafiar, por saúde. A estética vem de brinde", disse ele à TV na ocasião. 

Após ser alvo de busca e apreensão, o influenciador publicou imagens da ação policial em sua casa e gravou um vídeo ao lado de seu advogado. Nele, a defesa afirmou que a operação foi direcionada a uma empresa de São Paulo que patrocina o influencer. "Essa empresa é o alvo da operação, não ele", disse o advogado Maikol Mansour. Segundo ele, Renato compareceu à delegacia para prestar esclarecimentos, apresentou o contrato à autoridade policial e foi liberado.

"Apresentamos toda a documentação da empresa e, por meio de atestado médico, comprovaremos que os anabolizantes encontrados em sua residência são para uso próprio, com receituário médico. Portanto, não há irregularidade", acrescentou Mansour.

O influenciador também se manifestou. "Agradeço à Polícia Civil de Campo Grande e à Garras pelo tratamento respeitoso a mim e ao meu filho. Eles apenas cumpriram o mandado de busca e apreensão, que partiu de São Paulo", disse ele. 

Como foi a operação 

A operação foi deflagrada pela Polícia Civil de São Paulo contra uma organização criminosa envolvida na falsificação de anabolizantes e emagrecedores. Segundo as investigações, os medicamentos eram produzidos e comercializados ilegalmente. No caso do influenciador, a ação contou com o apoio da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros (Garras) de Mato Grosso do Sul para cumprir o mandado.

Conforme apurado pela 1ª Central Especializada de Repressão ao Crime Organizado (Cerco), que monitorava o grupo há cerca de um ano, a quadrilha operava por meio de uma empresa clandestina para fabricar e vender medicamentos sem autorização da Anvisa. Durante as investigações, agentes infiltraram-se como clientes para confirmar a fraude. Além da produção ilegal, os suspeitos vendiam os produtos pela internet sem exigir receitas médicas.

"Recebemos denúncias do setor de fraudes em plataformas digitais sobre essa organização produzir e vender medicamentos sem autorização. Desde o início constatamos a irregularidade, mas continuamos reunindo provas", disse o delegado Ronald Quene, coordenador da operação, em nota. Ele detalhou que os suspeitos movimentaram R$ 25 milhões em cinco anos, segundo dados do Coaf. "As equipes iniciaram os mandados às 6h desta terça-feira após reunião de planejamento", completou. A SSP também quebrou o sigilo das redes sociais e da conta bancária da empresa envolvida.

Fonte: Redação Terra
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