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Manifestantes protestam contra prisão de ativista brasileira na Rússia

5 out 2013 - 13h46
(atualizado às 15h14)
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Manifestante fantasiado de urso protestou contra a prisão da brasileira
Manifestante fantasiado de urso protestou contra a prisão da brasileira
Foto: Luiz Claudio Barbosa / Futura Press

Cerca de 50 manifestantes protestavam, na manhã deste sábado, contra a prisão de ativistas do Greenpeace na Rússia. Com faixas pedindo a liberdade da bióloga brasileira Ana Paula Maciel, o grupo se concentrou no vão livre do Masp, na avenida Paulista.

Segundo informações da Polícia Militar, os manifestantes se reuniram por volta das 10h e não bloquearam a via. Ativistas ambientais pediam a liberação dos 30 representantes do Greenpeace detidos após protesto em uma plataforma de petróleo, no Ártico.

Segundo o Greenpeace Brasil, 200 pessoas se reuniram na avenida Paulista. O ato coordenado aconteceu em mais de 140 cidades, de 47 países.  Vestidos de branco e ao som de maracatu, os manifestantes entoaram “gritos de paz”, pedindo a libertação dos ativistas.

“Viemos nos somar a milhares de pessoas ao redor do mundo que estão pedindo a liberdade desse grupo de 30 pessoas detidas na Rússia. Queremos demonstrar solidariedade, mas também trazer uma mensagem de paz e alegria”, disse Fernando Rossetti, diretor-executivo do Greenpeace Brasil.

Família de ativista faz apelo à presidente

A família de Ana Paula também veio de Porto Alegre para acompanhar a manifestação. “Estou emocionada com a presença de tantas pessoas que não conheciam minha filha, mas que vieram aqui prestar solidariedade”, disse Rosangela Maciel, mãe da ativista brasileira detida na Rússia. “Eu não só tenho esperança, como tenho a certeza de que minha filha, muito em breve, voltará para casa. Ela só fez o bem e não pode ser culpada por isso.”

Rosangela fez ainda um apelo à presidente Dilma por sua intervenção no caso: “A presidente Dilma foi uma guerreira como minha filha e já foi presa porque lutava por algo que acreditava. Acredito que como mãe, ela vai se solidarizar com a Ana Paula e intervir junto às autoridades russas pela libertação de minha filha e das outras pessoas presas”, concluiu.

Vinte oito ativistas e dois jornalistas foram presos no dia 19 de setembro pelas autoridades russas, depois de um protesto pacífico em uma plataforma de petróleo da empresa Gazprom, no mar de Pechora. O Greenpeace Internacional é contra a exploração de óleo no Ártico.

Na quarta-feira, os detidos foram acusados formalmente de pirataria, conforme informou o advogado da ONG Mikhail Kreindlin. Hoje, a Rússia minimizou uma ação legal da Holanda sobre a prisão e a instalação de um processo judicial contra os ativistas, afirmando que o protesto do grupo em uma plataforma de petróleo no Ártico foi "pura provocação".

A Holanda lançou uma ação legal contra a Rússia na sexta-feira, afirmando que o país prendeu ilegalmente ativistas e outras pessoas que estavam no navio de bandeira holandesa no mês passado, quando protestavam contra a exploração de petróleo no Ártico.

A acusação de pirataria feita pelos russos pode resultar em penas de até 15 anos de prisão. “Uma acusação de pirataria contra um protesto não violento é um grave precedente contra a liberdade de expressão. Aqueles ativistas estavam lá em defesa do Ártico e do planeta e agiram de modo pacífico, como sempre fizemos ao longo dos nossos 40 anos de história”, disse Fernando Rossetti.

Fonte: Terra
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