Guarda municipal será julgado por assassinato ocorrido em condomínio da Zona Sul de Porto Alegre
O julgamento já havia sido iniciado em março deste ano, mas precisou ser interrompido e anulado pelo Tribunal de Justiça.
Na próxima terça-feira, 12 de agosto, o guarda municipal Roger da Motta Carvalho enfrentará o júri popular no Fórum Central de Porto Alegre. Ele é acusado de ter matado Bruno Saraiva Salgado, morador do mesmo condomínio e natural de São Borja, além de ferir o cachorro da vítima a tiros.
O julgamento já havia sido iniciado em março deste ano, mas precisou ser interrompido e anulado pelo Tribunal de Justiça. Um dos jurados revelou seu voto durante o intervalo, violando as regras do processo, o que obrigou a remarcação da sessão.
O caso aconteceu em 8 de dezembro de 2016, no bairro Aberta dos Morros, na zona sul da capital. Segundo o Ministério Público, Bruno caminhava com seu cão, Otto, quando foi interpelado pela esposa de Roger. Ela teria se incomodado com o fato de Bruno estar olhando para seu filho, o que deu início a uma discussão. Roger interveio e os dois acabaram entrando em luta corporal.
Momentos depois, o guarda retornou armado ao local, atirou no cachorro e, em seguida, efetuou dois disparos contra o tórax de Bruno, que morreu no local.
Bruno era corretor de imóveis, cursava Direito e era pai de uma menina de sete anos na época do crime. O cão, Otto, sobreviveu e atualmente vive com familiares da vítima em São Borja.
Dois outros guardas municipais, colegas de Roger, chegaram a ser investigados por suspeita de fraude processual, sob a alegação de que teriam modificado a cena do crime. Entretanto, devido à prescrição, os dois foram excluídos da ação penal.