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Cidades

Caetano Veloso cobre rosto e divulga apoio a máscaras em protestos no RJ

Cantor e compositor visita equipe do coletivo de jornalismo Mídia Ninja para discutir protestos na capital fluminense

6 set 2013 - 12h12
(atualizado às 12h16)
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Caetano Veloso posa com o rosto coberto com uma camiseta, da mesma forma usada pelo grupo Black Bloc
Caetano Veloso posa com o rosto coberto com uma camiseta, da mesma forma usada pelo grupo Black Bloc
Foto: Facebook / Reprodução

O cantor e compositor Caetano Veloso visitou na noite de quinta-feira a sede do coletivo de jornalismo Mídia Ninja (Narrativas Independentes, Jornalismo e Ação), no Rio de Janeiro, e divulgou seu apoio ao uso de máscaras em protestos no Estado. Caetano posou para uma foto com o rosco coberto por uma camiseta, de forma semelhante aos membros do grupo Black Bloc.

Black Blocs prometem badernaço pelo País no dia 7 de Setembro

<a data-cke-saved-href="http://noticias.terra.com.br/brasil/infograficos/protestos-7-de-setembro/" href="http://noticias.terra.com.br/brasil/infograficos/protestos-7-de-setembro/">Protestos de 7 de setembro</a>
<p>O compositor conversa com a equipe do coletivo de jornalismo Mídia Ninja</p>
O compositor conversa com a equipe do coletivo de jornalismo Mídia Ninja
Foto: Facebook / Reprodução

"É uma violência simbólica proibir o uso de mascaras. Dia 7 de setembro, todos deveriam ir às ruas mascarados", disse Caetano, segundo o Mídia Ninja. O coletivo jornalístico divulgou informações sobre o encontro com o compositor em suas páginas no Facebook e no Twitter.

Um projeto de lei que tramita na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) quer proibir a utilização de máscaras ou itens que cubram o rosto durante manifestações no Estado. A proposta é dos deputados estaduais Paulo Melo e Domingos Brazão, ambos do PMDB.

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País
Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Fonte: Terra
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