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Ataques a ônibus em SP: funcionário público é preso suspeito de danificar 16 veículos em 1 dia

Servidor da CDHU também teria participado de ação que deixou criança de 10 anos ferida com estilhaços; defesa não foi localizada

22 jul 2025 - 16h36
(atualizado às 23h40)
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A Delegacia Especializada de Investigações Criminais (Deic) de São Bernardo do Campo, na Grande SP, prendeu nesta terça-feira, 22, um homem suspeito de participar de ataques a ônibus na capital e em outros municípios.

O suspeito foi identificado como Edson Aparecido Campolongo e teria confessado ter danificado 16 veículos no último dia 17 de julho, além de ter participado de uma ação semelhante na Avenida Jorge João Saad, na cidade de São Paulo, no dia 15.

Na ocasião, uma criança de 10 anos ficou ferida na ocorrência com estilhaços após uma bolinha de gude ser arremessada contra o veículo. A reportagem não localizou a defesa de Campolongo.

"São ataques que têm motivações diferentes e a gente está investigando todas elas. Já caiu muita a quantidade de ataques aos ônibus, a gente agora está tendo um, dois ataques por dia", acrescentou o governador.

A polícia chegou a Campolongo após as investigações apontarem que carro dele estava sempre perto dos ataques. Conforme os delegados, o suspeito atuava com o irmão, identificado como Sérgio Aparecido Campolongo. A polícia também pediu a prisão preventiva de Sérgio, que não foi localizado.

Em depoimento, o suspeito afirmou que cometeu os ataques porque queria "consertar o Brasil". Conforme a polícia, não foram encontrados indícios de relações dele com lideranças políticas, sindicais ou com facções criminosas - masnão está descartado a possibilidade dele ter sido cooptado por algum grupo.

Até o momento, as investigações apontam que ele também não mirava empresas específicas, e que os ataques eram aleatórios. As ações dos irmãos se concentraram nas cidades de São Bernardo do Campo e também na cidade de Osasco, ambas na região metropolitana de São Paulo.

Campolongo teria efetuado um dos ataques com o coquetel molotov, mas o artefato não teria explodido. A perícia ainda vai confirmar se o instrumento se tratava mesmo de um explosivo.

A Polícia Civil apreendeu estilingue, bolas de metal e pedras com o Edson Campolongo.
A Polícia Civil apreendeu estilingue, bolas de metal e pedras com o Edson Campolongo.
Foto: Polícia Civil/Divulgação / Estadão

Os irmãos respondem pelos crimes de dano qualificado e atentado à segurança de outro meio de transporte. Caso as investigações confirmem o arremesso de um coquetel molotov, os suspeitos poderão responder também por tentativa de homicídio.

Investigações continuam

Os policiais investigam a disputa entre empresas do setor como provável motivação do vandalismo ou também disputas sindicais.

Uma das hipóteses das autoridades é a de que empresas de viação queiram criar um clima de medo para desestabilizar o setor e forçar a Prefeitura da capital a fazer mudanças no transporte público. Além disso, outra linha de investigação seria disputas sindicais.

A Polícia segue com as investigações para identificar os demais envolvidos. Os desdobramentos do caso nesta terça não excluem as hipóteses já apresentadas.

Para o delegado Ronaldo Sayeg, diretor do Deic, existe a possibilidade também de os ataques estarem acontecendo em "efeito manada", sem a necessidade de um grupo articulado estar envolvido .

"Acreditamos que não existe só uma motivação. Existe o efeito manada, o contágio, o propósito inicial, assim como existe alguém pegando onda, uma sucessão de propósitos", disse.

Desde o dia 12 de junho, 530 veículos do sistema municipal de transporte da capital foram depredados, segundo dados da SPtrans. Entre segunda-feira, 21, e terça, 22, foram seis ataques. Os atos aconteceram de forma distribuída por todas as regiões da cidade.

Até o momento, 22 pessoas foram detidas, sendo 14 adultos, 7 adolescentes e 1 criança. Muitos casos foram esporádicos e não tiveram uma motivação única.

"Muitos outros indivíduos identificados só participaram uma vez (do ataque) e não apresentaram uma causa. Neste caso do servidor, nós o colocamos na cena do crime não uma, duas ou três, mas diversas vezes", disse Domingos Paulo Neto, delegado seccional de polícia no ABC.

Estadão
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