Adolescente de 13 anos salva irmã recém-nascida de engasgo no TO: ‘Uma vida nas minhas mãos para ser salva’
Ana Júlia Alves de Sousa é bombeira mirim e aprendeu técnica em curso no ano passado; caso ocorreu em Dianópolis (TO)
Adolescente de 13 anos, treinada no Programa Bombeiro Mirim, salvou a irmã recém-nascida de um engasgo em Dianópolis (TO), aplicando técnicas aprendidas em curso.
Com apenas 13 anos, Ana Júlia Alves de Sousa pode se considerar uma heroína. A adolescente de Dianópolis, Tocantins, salvou a vida da irmã, de 27 dias, ao realizar a técnica de desobstrução de vias aéreas que aprendeu num programa do Corpo de Bombeiros do estado.
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Ao Terra, a mãe Fernanda Alves de Jesus contou que levou um susto na madrugada do último dia 2, quando ouviu o barulho de sua bebê engasgada. “Quando eu olhei para ela, já estava com falta de ar e saindo leite pelo nariz. Imediatamente eu peguei ela no colo e gritei minha filha, Ana Júlia, e pedi ajuda para ela”, relembra.
A menina foi para o quarto em que as duas estavam, ainda no escuro, e pediu para que a mãe a iluminasse com a lanterna. Nesse momento, percebeu que a irmã estava cianótica – quando a pessoa apresenta coloração azulada da pele, lábios e unhas devido à oxigenação insuficiente do sangue – e percebeu que a recém-nascida estava sem respirar.
A Ana Júlia então passou a fazer a técnica de desobstrução de vias aéreas, chamada de tapotagem. Quando foi fazer as compressões no peitoral da irmã, percebeu que ela já tinha voltado a respirar.
“Quando ela voltou ao normal, foi uma sensação de alívio, mas ao mesmo tempo, de choque, porque eu não tinha nem percebido o que tinha acabado de fazer e o quanto aquilo tinha sido importante. Também pensei que por alguns instantes, tinha uma vida ali nas minhas mãos para ser salva e foi uma vida que consegui salvar”, relata a adolescente.
Ana Júlia aprendeu a técnica no Programa Educacional Bombeiro Mirim (Proebom). Ela passou a frequentar as aulas em agosto do ano passado e se formou na primeira turma, já em novembro. Na segunda turma, ela foi monitora auxiliar, e agora na terceira turma, está fazendo o programa novamente.
“Para mim, foi uma mistura de uma sensação de alívio com gratidão. Porque na hora que eu assustei, vi ela naquele estado, o desespero foi muito grande. Fiquei com medo de ela não voltar a respirar. Ela já estava bem malzinha, mesmo. Mas o alívio e a gratidão foram imensas. Não sei nem explicar”, comenta a mãe com orgulho.