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CCJ suspende reunião sobre denúncia contra Temer e deve retomar com fala de relator e advogados

18 out 2017 - 15h48
(atualizado às 15h52)
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A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) suspendeu na tarde desta quarta-feira a reunião de discussão sobre a denúncia contra o presidente Michel Temer e dois de seus ministros por 30 minutos e deve retomá-la com falas do relator, Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), e dos advogados dos acusados.

Temer durante evento no Palácio do Planalto 
 4/10/2017    REUTERS/Ueslei Marcelino
Temer durante evento no Palácio do Planalto 4/10/2017 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

Depois dessas considerações finais deve ser iniciado o processo de votação do parecer. A expectativa de governistas é de vitória com cerca de 40 votos.

A CCJ iniciou sua reunião nesta quarta-feira com mais discursos de deputados. Embora o governo tenha maioria na comissão, as falas foram predominantemente contra o presidente e a favor da denúncia.

Desde a véspera, a estratégia de deputados governistas tem sido acelerar os trabalhos com a dispensa de fazer discursos. Interessa ao governo encerrar rapidamente o assunto e levá-lo ao plenário da Câmara, o que deve ocorrer na próxima semana.

O parecer apresentado na semana passada por Bonifácio segue a linha da defesa de Temer e recomenda a rejeição da acusação por não encontrar "respaldo" na peça ou na legislação, e por considerar que as provas que embasam as acusações foram colhidas de forma ilícita.

A denúncia oferecida ainda sob o comando do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot tem como alvos Temer e os ministros Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) e Eliseu Padilha (Casa Civil) pelo crime de organização criminosa. Também acusa o presidente de atuar pela obstrução das investigações.

Mais cedo, em uma manobra que evidenciou ainda mais a divisão interna da bancada do PSB na Câmara, deputados do partido favoráveis à denúncia destituíram a então líder Tereza Cristina (MS), movimento que pode engrossar a parcela de votos contra o presidente na CCJ. O novo líder, Julio Delgado (MG), já avisou que irá tirar do colegiado os deputados da sigla favoráveis a Temer.

O governo, em outra frente, tem articulado para garantir seus votos na comissão e exonerou nesta quarta-feira dois de seus ministros para que reassumam suas cadeiras na Câmara dos Deputados. Um deles foi o ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Coelho, que já voltou à Casa no lugar do deputado Severino Ninho. O outro a ser exonerado é o ministro da Defesa, Raul Jungmann, que deve reassumir lugar na Câmara em breve.

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