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Cantareira deve operar no volume morto até dezembro

Chuvas acima da média permitiria ao sistema sair da reserva técnica em cinco meses

15 mai 2015 - 15h17
(atualizado às 15h17)
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Para tentar conter crise da água em São Paulo, Sabesp inicia retirada da água do chamado volume morto
Para tentar conter crise da água em São Paulo, Sabesp inicia retirada da água do chamado volume morto
Foto: Alan Morici / Terra

As projeções feitas pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) indicam que dificilmente o Sistema Cantareira voltará a operar no volume útil antes de dezembro. Caso as chuvas, durante os próximos meses, mantenham a média histórica, o nível dos reservatórios só voltará a ultrapassar o volume morto no final deste ano.

Um cenário de precipitações 50% acima da média permitiria ao sistema sair da reserva técnica em cinco meses. Por outro lado, caso as chuvas cheguem a ficar 50% abaixo da média histórica para o período, o sistema entraria o mês de dezembro com apenas 6,2% do volume total.

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Há exatamente um ano começou o bombeamento das reservas técnicas do Sistema Cantareira, à época o principal manancial responsável por abastecer a região metropolitana de São Paulo. O chamado volume morto, água que fica abaixo das comportas dos reservatórios adicionou um total de 287,5 bilhões de litros ao volume disponível para o abastecimento. O que significa 22,6% do total que pode ser utilizado ou 29,2% do volume útil.

Hoje, o Cantareira tem armazenados 194,1 bilhões de litros, 19,8% do volume útil e 15,3% da quantidade total. Para voltar a operar no nível positivo, os reservatórios ainda precisam de 93,4 bilhões de litros. Até o dia 13 de maio, o manancial tinha recebido 44,9% da média de chuva para o mês.

Antes do início da crise, o Cantareira garantia água para quase 9 milhões de pessoas em toda a Grande São Paulo. A estiagem e a perda acelerada de água nos reservatórios fez com que a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) redirecionasse o abastecimento para outros mananciais. Hoje, o sistema abastece cerca de 5,4 milhões de pessoas, sendo ultrapassada pelo Sistema Guarapiranga, que atualmente fornece água para 5,8 milhões de consumidores.

Além de reduzir o número de atendidos pelo Cantareira, a companhia passou a reduzir a pressão nas tubulações em parte do dia. Na prática, os consumidores atendidos pelo sistema recebem água por apenas algumas horas, ficando a maior parte do tempo com o abastecimento interrompido.

Com a redução da retirada, foi possível evitar o colapso dos reservatórios e evitar o rodízio, racionamento escalonado que alternaria dias com e sem água. Segundo o presidente da Sabesp, Jerson Kelman, essa medida mais drástica não deve ser implementada neste ano. “Já estamos no período seco e vamos atravessar esse período sem perder o controle, sem esvaziar os reservatórios, sem a necessidade de impor a população uma situação ainda mais difícil do que a vivenciada atualmente. Nós estamos seguros disso”, ressaltou ao participar, na última quarta-feira (13), de audiência comissão parlamentar de inquérito (CPI) da Câmara Municipal de São Paulo que investiga problemas de abastecimento na capital.

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Agência Brasil Agência Brasil
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