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Britânicos optam por não comentar detenção de brasileiro em Londres

19 ago 2013 - 10h16
(atualizado às 12h57)
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David foi recepcionado por seu companheiro, o jornalista Glenn Greenwald
David foi recepcionado por seu companheiro, o jornalista Glenn Greenwald
Foto: Ricardo Moraes / Reuters

O governo britânico disse nesta segunda-feira que é a polícia que decide quando é "necessário e proporcional" aplicar a legislação antiterrorista em relação à polêmica suscitada pela detenção do brasileiro David Miranda, 28 anos, no aeroporto de Heathrow, em Londres.

David, companheiro do jornalista Glenn Greenwald do jornal The Guardian, que divulgou as revelações do ex-agente da inteligência americana Edward Snowden, ficou retido ontem durante nove horas pelas forças de segurança britânicas quando fazia escala em Londres, saindo de Berlim, a caminho do Rio de Janeiro.

A detenção, em virtude da lei antiterrorista britânica, gerou polêmica e levou um comitê parlamentar de Interior a exigir explicações da polícia assim como um protesto do governo brasileiro, que considera a detenção "injustificável" por envolver a um indivíduo contra quem não pesava nenhuma acusação.

"O governo adota todos os passos necessários para proteger o público de indivíduos que representam uma ameaça contra a segurança nacional", disse hoje um porta-voz de Downing Street, residência e escritório do primeiro-ministro, David Cameron.

O Executivo explicou que a seção específica da lei aplicada a Miranda "forma uma parte essencial dos procedimentos de segurança fronteiriça do Reino Unido" e que "é a polícia que decide quando é necessário e proporcional usar esses poderes".

Jornalista americano ameaça governo após namorado ficar detido:

Em virtude da lei de terrorismo é permitido deter e interrogar indivíduos em aeroportos, portos e zonas fronteiriças. O companheiro de Greenwald foi liberado após nove horas de retenção, o tempo máximo que a lei permite deter uma pessoa sem apresentar acusações.

David teve os aparelhos eletrônicos que portava confiscados, incluindo telefone celular, laptop, máquina fotográfica, cartões de memória, DVDs e um videogame.

Desde 5 de junho, o jornalista Glenn Greenwald escreveu uma série de artigos nesse jornal em que descreve os programas de vigilância que a Agência Nacional de Segurança Americana (NSA) mantém na internet, a partir da informação revelada por Snowden.

EFE   
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