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Alckmin aposta em decisão do eleitor no "finalzinho" e rejeita mudar estratégia

25 set 2018 - 10h55
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O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, disse nesta terça-feira que vai manter a estratégia de campanha, apesar das dificuldades para crescer nas pesquisas, por confiar que a decisão sobre o voto será tomada na reta final e que vai convencer o eleitorado anti-PT que sua campanha é a melhor alternativa para impedir o retorno do partido ao poder.

Temer, em campanha no Rio de Janeiro 24/9/2018 REUTERS/Ricardo Moraes
Temer, em campanha no Rio de Janeiro 24/9/2018 REUTERS/Ricardo Moraes
Foto: Reuters

Apesar de ocupar praticamente metade do tempo da propaganda eleitoral de rádio e TV, Alckmin tem apenas 8 por cento das intenções de voto para a eleição de 7 de outubro, ante 28 por cento de Jair Bolsonaro (PSL), 22 por cento de Fernando Haddad (PT) e 11 por cento de Ciro Gomes (PDT), segundo pesquisa Ibope divulgada na segunda-feira.

O tucano comemorou a oscilação de 1 ponto para cima na comparação com o levantamento anterior e a vantagem de 41 a 36 por cento contra Bolsonaro em um eventual segundo turno, ante empate de 38 por cento na pesquisa passada.

"Nós já crescemos mais um ponto, a rejeição caiu e, no segundo turno, nós vencemos os dois candidatos que estão pontuando à frente. Essa campanha mais fragmentada, são 13 candidatos, a decisão é sempre no finalzinho", disse Alckmin em entrevista à rádio Gaúcha.

"Nós não vamos mudar a nossa estratégia. O que que nós estamos fazendo? Conversar com o eleitorado, visitar o país... levar nossas propostas, dizendo, olha, o Brasil tem que sair da crise, tem pressa, não pode ficar nesse marasmo", disse. "E mostrar o seguinte, olha, tem gente votando no Bolsonaro porque não quer o PT, mas essa é a maneira mais rápida de trazer o PT de volta, porque precisa olhar, não só o primeiro turno, mas precisa olhar o segundo turno", acrescentou.

De acordo com a pesquisa Ibope, Bolsonaro só não perde em um eventual segundo turno para Marina Silva (Rede). Contra Haddad, o candidato do PSL perde por 43 a 37 por cento, enquanto Ciro é quem teria vitória mais folgada sobre Bolsonaro, com 46 a 35 por cento.

Alckmin disse ter percebido um clima de entusiasmo e mobilização em torno de sua campanha nos últimos dias, à medida que os eleitores que não querem uma volta do PT ao poder percebem que uma disputa entre Bolsonaro e Haddad no segundo turno pode acabar tendo exatamente esse desfecho.

O tucano repetiu que votar em Bolsonaro é o "passaporte para o PT voltar", e voltou a criticar propostas atribuidas ao coordenador do programa econômico do candidato do PSL, o economista Paulo Guedes.

"Não vamos fazer como o outro candidato, o Bolsonaro, que o Paulo Guedes, que é quem vai mandar no governo, um banqueiro, eu não vou ser pau mandado de banqueiro", disse Alckmin.

"Ele já queria criar mais um imposto, que é a CPMF. Imposto ruim, porque é imposto em cascata, imposto cumulativo, péssimo imposto. E, ainda, imposto de renda único de 20 por cento, ou seja, o rico ia pagar menos imposto. Vou corrigir a tabela de imposto de renda anualmente e vou rever os incentivos", acrescentou.

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