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Bolsonaro pede 'casamento' entre meio ambiente e progresso

Presidente afirma, em transmissão no Facebook, que Estados como Roraima, Acre e Amapá estão 'quase inviabilizados' em razão de reservas indígenas

6 jun 2019 - 21h13
(atualizado às 21h33)
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Em transmissão no Facebook nesta quinta-feira, 6, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que é necessário "fazer um casamento de meio ambiente e progresso". Segundo ele, Estados como Roraima, Acre e Amapá estão "quase inviabilizados" em razão, por exemplo, de demarcações de reservas indígenas e quilombolas.

Ministros que o acompanharam na "live"- Tereza Cristina (Agricultura) e Paulo Guedes (Economia) - concordaram. Segundo Guedes, muitas vezes as leis atrapalham o crescimento. "É perfeitamente possível explorar economicamente preservando recursos naturais."

 Presidente da República, Jair Bolsonaro durante Transmissão da Live para as Redes Sociais
Presidente da República, Jair Bolsonaro durante Transmissão da Live para as Redes Sociais
Foto: Marcos Corrêa / PR

Também participante, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse esperar que a licença para instalação do linhão do Tucuruí, em Roraima, saia no fim de julho e as obras comecem em agosto.

No Senado, Salles é chamado de 'fujão'

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, foi vaiado no Senado durante sessão para celebrar o Dia Mundial do Meio Ambiente. Em discurso, ele negou que a pasta esteja promovendo um "desmonte" em órgãos como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

"A frase que tem sido dita, do desmonte, é absolutamente inverídica. Ao contrário, o desmonte foi herdado", declarou o ministro, sendo vaiado por algumas pessoas que estavam no plenário. "Pode se manifestar à vontade", reagiu Salles.

O ministro deixou o local antes do término da sessão para viajar ao Rio, onde faria uma palestra no Clube Militar. O líder da Rede no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que era uma "pena" que Salles estivesse saindo sem debater com ele. A plateia, enquanto Salles deixava o plenário, começou a soltar gritos de "fica!" e "fujão". "A democracia é assim, cada um pode ter a reação que quiser", declarou o ministro, na saída. /BÁRBARA NASCIMENTO e DANIEL WETERMAN

Estadão
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