Bolsonaro passa noite em hospital; Flávio diz que ele ficou 10 segundos sem respirar
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) precisou de atendimento médico de emergência na tarde de terça-feira (16) e permaneceu internado em Brasília durante a noite. O político apresentou sintomas de mal-estar, queda de pressão arterial, vômitos e pré-síncope (sensação de desmaio iminente). Desde que foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado, ele cumpre prisão domiciliar em sua residência no Jardim Botânico.
O senador Flávio Bolsonaro (PL), filho mais velho do ex-presidente, relatou preocupação com o episódio. Em conversa com jornalistas em frente ao Hospital DF Star, afirmou: "Foi um episódio mais drástico, em que o soluço foi aumentando e, às vezes, pela repetição, ele trava o diafragma. Ele teve um episódio de vômito a jato, com força, ficou quase 10 segundos sem respirar". Segundo o parlamentar, Bolsonaro "não está com a cara boa" e se apresenta "bastante desidratado", embora esteja "estável".
O que preocupa os médicos?
A remoção do ex-presidente contou com escolta de veículos da polícia penal, responsáveis pela vigilância da casa onde ele cumpre a prisão domiciliar. A equipe médica que acompanha Bolsonaro é chefiada pelo cirurgião Claudio Birolini, que viajou de São Paulo até a capital federal para avaliar de perto o quadro clínico do paciente de 70 anos.
No domingo (14), Bolsonaro já havia sido levado ao mesmo hospital para um procedimento dermatológico, que consistiu na retirada de pintas da pele. A sequência de internações em um curto espaço de tempo acendeu o alerta entre familiares e médicos sobre a fragilidade de sua condição de saúde.
O novo episódio ocorre poucos dias após a condenação no Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão pode levá-lo ao regime fechado, aumentando a pressão sobre a rotina do ex-presidente, que desde a saída do Planalto enfrenta uma série de processos judiciais e de investigações.