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Bolsonaro fala de interferência externa na eleição dos EUA

'Nosso bem maior, a liberdade, continua sendo ameaçado', afirmou o presidente brasileiro, que acompanha o dia decisivo da eleição americana

3 nov 2020 - 09h29
(atualizado às 09h41)
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O presidente Jair Bolsonaro criticou a "ingerência de outras potências" no atual processo eleitoral dos Estados Unidos e já lançou dúvidas sobre possíveis interferências na eleição de 2022 no Brasil, na qual ele pretende tentar a reeleição.

Trump e Bolsonaro se cumprimentam em Mar-a-Lago
07/03/2020
REUTERS/Tom Brenner
Trump e Bolsonaro se cumprimentam em Mar-a-Lago 07/03/2020 REUTERS/Tom Brenner
Foto: Reuters

"É inegável que as eleições norte-americanas despertam interesses globais, em especial, por influir na geopolítica e na projeção de poder mundiais", publicou Bolsonaro no Twitter. "Até por isso, no campo das informações, há sempre uma forte suspeita da ingerência de outras potências, no resultado final das urnas. No Brasil, em especial pelo seu potencial agropecuário, poderemos sofrer uma decisiva interferência externa, na busca, desde já, de uma política interna simpática a essas potências, visando às eleições de 2022."

O presidente afirmou que vê a América Latina caminhando para a esquerda. "Não se trata apenas do Brasil. Devemos nos inteirar, cada vez mais, do porquê, e por ação de quem, a América do Sul está caminhando para a esquerda. Nosso bem maior, a liberdade, continua sendo ameaçado. Nessa batalha, fica evidente que a segurança alimentar, para alguns países, torna-se tão importante e aí se inclui, como prioridade, o domínio da própria Amazônia."

Bolsonaro passará o dia de olho na eleição dos Estados Unidos. Além da torcida por Donald Trump, de quem já se declarou fã e aliado incondicional, o presidente brasileiro acompanha o desempenho do líder americano no confronto com o democrata Joe Biden como um laboratório para 2022, quando tentará a recondução ao Palácio do Planalto.

Com a declaração do vencedor, a Presidência já está preparada para que Bolsonaro faça um telefonema ao vitorioso. Se o resultado for alvo de uma disputa judicial, a recomendação é a de que o presidente opte pela neutralidade até um desfecho, segundo apurou o Estadão.

Estadão
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