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Bebê que usou embalagem de bolo como máscara de oxigênio tem alta da UTI

Criança passou cerca de quatro horas com o equipamento, até a chegada de materiais emprestados de outro hospital da cidade

14 jun 2024 - 09h48
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O bebê de apenas 3 meses que precisou usar uma embalagem de bolo improvisada como máscara de oxigênio recebeu alta da UTI nesta quinta-feira (13). O caso ocorreu no Hospital Varela Santiago, em Natal, Rio Grande do Norte.

Bebê utiliza embalagem de bolo como máscara de oxigênio
Bebê utiliza embalagem de bolo como máscara de oxigênio
Foto: Reprodução / Perfil Brasil

Inicialmente internado no sábado (8) no Hospital Municipal de Santa Cruz sob suspeita de bronquiolite, o pequeno paciente apresentava um quadro de desconforto respiratório grave, congestão nasal, febre, rinorreia, vômitos e diarreia.

Na segunda (11), diante da falta de equipamentos apropriados e da urgência do caso, a equipe do hospital improvisou um capacete de oxigênio usando uma embalagem de bolo. A medida não só destacou a escassez de recursos como também a capacidade de inovação dos profissionais para salvar vidas.

A solução emergencial foi suficiente para estabilizar o pequeno paciente até que um leito na UTI pediátrica em Natal se tornasse disponível.

Como foi a adaptação da máscara de oxigênio?

A coordenadora técnica da unidade, médica Silvana Braga, disse ao g1 que a situação exigiu uma resposta imediata para evitar consequências mais graves ao bebê.

Segundo a médica Ellenn Salviano, que elaborou o aparelho junto com sua equipe, a criança passou cerca de quatro horas com o equipamento, até a chegada de materiais emprestados de outro hospital da cidade. Ela afirmou que esse tipo de improviso é mais comum do que se imagina em unidades de saúde pública (via g1).

Ellenn trabalha na área médica há quase 9 anos, principalmente em hospitais públicos e no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

"Deu certo, que bom, mas poderia ter dado errado. E, se tivesse dado errado, seria agora uma mãe chorando a morte do seu filho. Por um equipamento tão simples que a gente não tem", afirmou ao Metrópoles.

Apesar do hospital no qual Ellenn trabalha não ser voltado ao público infantil, ela pede mais investimentos na área. Segundo a médica, um "hood" de acrílico custa cerca de R$ 500.

"Ali, estou nos meus braços com o amor de alguém. Quando saio de casa e deixo meus três filhos, assumo a responsabilidade que é cuidar do outro. Então eu não podia olhar para aquela mãe e dizer não podemos", disse a profissional ao g1.

Qual é a atual situação do bebê?

Silvana informou que o paciente permanece internado na enfermaria. Conforme a médica, ele tem mostrado uma melhora gradual no padrão respiratório, embora ainda necessite de suplementação de oxigênio via cateter nasal.

A mãe da criança, Kadja Juliane, relatou que o bebê está em uma condição de saúde frágil e estava bastante debilitado. Ele tem hidrocefalia, usa uma bolsa de colostomia e possui síndrome de Dandy-Walker, uma malformação cerebral que pode afetar o desenvolvimento motor e provocar um aumento progressivo da cabeça.

Sobre a bronquiolite

A bronquiolite é uma infecção pulmonar comum em bebês e crianças pequenas, provocada principalmente pelo vírus sincicial respiratório. Os sintomas incluem congestão nasal, febre, tosse, choro durante a respiração e, em casos mais graves, dificuldade respiratória que pode necessitar de hospitalização.

Por isso, é necessário observar os primeiros sinais e buscar atendimento médico imediatamente e manter a higiene rigorosa para evitar a propagação de vírus. Em casos de sintomas respiratórios graves, é recomendado procurar uma unidade de saúde.

Perfil Brasil
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