Barulho dos fogos pode colocar pets em risco; saiba como prevenir

As comemorações de fim de ano e outras celebrações costumam ser acompanhadas pelo uso de fogos de artifício, prática que, embora popular entre as pessoas, representa uma fonte significativa de estresse para os animais de estimação. O barulho intenso e inesperado pode provocar medo extremo, ansiedade, alterações físicas como taquicardia e comportamentos de fuga, colocando cães e gatos em situação de risco.

Com uma audição muito mais sensível do que a humana, cães e gatos conseguem captar sons em frequências elevadas. Para eles, o ruído dos fogos se assemelha a explosões, desencadeando reações de luta ou fuga, que se manifestam por meio de tremores, tentativas de se esconder, latidos contínuos e comportamentos destrutivos.

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Os efeitos também atingem aves, animais silvestres, coelhos, hamsters e outros pequenos mamíferos. Em casos extremos, o estresse causado pelos estampidos pode levar a paradas cardíacas.

Como proteger os pets dos fogos

Especialistas recomendam uma série de medidas para minimizar os impactos do barulho sobre os animais:

• Ambiente seguro: preparar um local mais silencioso dentro de casa, com janelas fechadas, cortinas grossas e almofadas, onde o pet possa se sentir protegido.

• Abafamento do som: utilizar música suave ou televisão para reduzir a percepção do ruído externo.

• Conforto e presença: permanecer próximo ao animal, falando em tom calmo e oferecendo carinho, sem reforçar excessivamente o comportamento de medo.

• Produtos calmantes: uso de difusores de feromônios, coleiras calmantes e, quando necessário, medicamentos ansiolíticos, sempre com orientação veterinária.

• Identificação: manter coleira e plaqueta atualizadas para facilitar a localização em caso de fuga.

• Evitar exposição: não deixar o animal em áreas externas e jamais mantê-lo preso ou amarrado, o que aumenta o risco de acidentes.

Legislação e conscientização

Em Porto Alegre, está em vigor uma lei que permite apenas o uso de fogos de artifício silenciosos. A punição para os infratores é uma multa entre 102 e 512 Unidades de Padrão Fiscal, o que atualmente corresponde a valores entre R$ 2.523,67 e R$ 12.667,85.

A medida busca reduzir os impactos não apenas sobre os animais, mas também sobre crianças, idosos, recém-nascidos, pessoas autistas e indivíduos com sensibilidade auditiva.