Alerta em São Paulo: Casos de intoxicação por metanol causam cegueira e duas mortes confirmadas
Intoxicação por metanol em bebidas alcoólicas causa cegueira e duas mortes em São Paulo; governo alerta para riscos e proibido consumo de bebidas sem procedência.
São Paulo enfrenta um sério surto de intoxicação por consumo de bebidas alcoólicas adulteradas com metanol. A Vigilância Sanitária confirmou seis casos consumados desde junho, com duas mortes, uma na capital paulista e outra em São Bernardo do Campo. Atualmente, dez casos seguem sob investigação. O cenário é alarmante, já que nove casos foram notificados em apenas 25 dias, um número incomum que acende a luz vermelha para as autoridades.
Jovem relata cegueira após beber gin adulterado
Entre as vítimas está o estudante Diogo, que relatou cegueira temporária após ingerir gin contaminado com metanol. Ele ficou internado por três dias, mas seu amigo Rafael, que consumiu a mesma bebida, está há quase um mês em coma, com o quadro considerado irreversível pela medicina. Esses casos ilustram a gravidade e o risco real para a população.
Metanol: o que é e seus riscos à saúde
O metanol é um líquido incolor, inflamável e tóxico, usado na indústria para produção de solventes, combustíveis, plásticos e tintas. Não é destinado ao consumo humano, e mesmo pequenas quantidades podem causar danos graves, como cegueira, insuficiência renal, convulsões e até a morte.
Sintomas e necessidade de atenção imediata
Os sintomas iniciais incluem visão turva, dor de cabeça intensa, náuseas, vômitos, dor abdominal, taquicardia e convulsões. Em casos graves, pode acontecer perda total da visão e coma. Portanto, buscar atendimento médico urgente diante de qualquer suspeita é fundamental para minimizar danos.
Origem das bebidas adulteradas em foco
As intoxicações foram associadas ao consumo de diferentes tipos de bebidas alcoólicas, gin, uísque e vodca, em ambientes sociais como bares e festas. A Vigilância Sanitária de São Paulo tem reforçado a fiscalização em estabelecimentos para coibir a venda de bebidas sem procedência confiável, com atenção especial para lacres, rótulos e selos fiscais.
Alerta do Ministério da Justiça para surtos epidêmicos
A Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad) emitiu alerta para o risco de surtos epidêmicos, caracterizados por múltiplos casos graves e alta letalidade, destacando que a situação vista em São Paulo é inédita para o Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Campinas (Ciatox). O órgão considera a situação como um grave problema de saúde pública.
Medidas preventivas para população e estabelecimentos
Autoridades recomendam que consumidores adquiram bebidas somente de fabricantes legalizados e chequem a presença de lacre de segurança, selo fiscal e rótulo. Bares, restaurantes e distribuidoras têm a obrigação de garantir a procedência dos produtos que oferecem, reforçando a fiscalização para evitar novos casos.
Impacto nos afetados e apelo por justiça
Familiares das vítimas vivem momentos de muita angústia e pedem responsabilização pelos crimes que resultaram em intoxicações e mortes. A luta é para que fatos assim não se repitam, e para que a fiscalização seja eficiente e rigorosa.
Panorama preocupante no combate a adulterações
O problema extrapola uma questão individual e se configura como desafio coletivo da saúde pública, exigindo resposta rápida e eficiente das autoridades para conter a circulação de metanol em bebidas e proteger a população vulnerável.
Surto pode se espalhar?
O surto de intoxicação por metanol em São Paulo é um alerta explícito para os riscos do consumo de bebidas de procedência duvidosa. Cegueira temporária, coma e até mortes são consequências dramáticas dessa toxicidade. Vigilância rigorosa, informação à população e rápida resposta médica são imprescindíveis para evitar tragédias maiores.