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Abin não produziu relatórios de alerta sobre ataque ao STF; agência alega sucateamento

Softwares desatualizados e falta de pessoal foram justificativas apontadas por funcionários

14 nov 2024 - 19h04
(atualizado às 23h30)
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Funcionários afirmaram que o órgão atua sem contratos de dois softwares de monitoramento de redes sociais
Funcionários afirmaram que o órgão atua sem contratos de dois softwares de monitoramento de redes sociais
Foto: Antonio Cruz/Agencia Brasil / Estadão

Apesar do autor, Francisco Wanderley Luiz, ter feito postagens nas redes sociais sobre os planos para atacar a Esplanada dos Ministérios na quinta-feira, 13, funcionários da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) relataram que o órgão não produziu relatórios de alerta. A informação foi veiculada pela CNN.

Conforme as fontes ouvidas pela CNN Brasil, o sucateamento do órgão é um dos principais motivos para a falta de aviso. Isso porque os contratos com softwares como o Digital Clues e o Profiler não foram renovados desde o final de 2022. 

Tais sistemas seriam necessários para monitorar as redes sociais e, com isso, impedir a execução de um atentado como o que ocorreu em Brasília. 

Os funcionários afirmaram que o órgão prospectou novos contratos, mas não finalizou as negociações. 

Wanderley havia postado mensagens como "Entrego minha vida para que as crianças cresçam com liberdade. Que o coração de pedra dos homens maus e injustos derreta igual açúcar" e "Polícia Federal, vocês têm 72 horas para desarmar a bomba que está na casa dos comunistas". Ele chegou a citar o José Sarney, Fernando Henrique Cardoso e Geraldo Alckmin. 

Com os softwares de monitoramento, robôs teriam identificado tais postagens e emitido alertas às autoridades competentes. 

Outras medidas internas teriam aumentado os obstáculos para o serviço de inteligência, como a limitação no acesso ao Infoseg, sistema que unifica dados das secretarias de segurança pública.

Além disso, a falta de pessoal é um problema significativo, segundo os funcionários. Dados do Ministério da Gestão mostram que a Abin possui 3.458 cargos vagos, representando 75,6% do total de posições. Esse percentual é superior ao de outras instituições, como a Polícia Federal, com 15,74%, e a Polícia Rodoviária Federal, com 6,74%.

“O órgão tem sido constantemente sucateado e vive um cenário preocupante, que dificulta cada vez mais nossa missão de proteger a segurança e a soberania do Brasil”, afirmou a nota do Intelis, a União dos Profissionais de Inteligência de Estado da Abin.

Fonte: Redação Terra
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