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A corrida pelos minérios da Amazônia já começou: veja quem ganha, quem perde e o que está em jogo

O avanço da mineração e a valorização dos minérios estratégicos colocam a Amazônia no centro de tensões globais, afetando populações, a floresta e a economia do Brasil. Entenda impactos e desafios.

12 set 2025 - 08h58
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A floresta Amazônica está no olho do furacão global quando o assunto é mineração. O interesse crescente por minérios estratégicos, como nióbio, tântalo, terras raras, estanho e ouro, jogou luz sobre um subsolo cobiçado por gigantes nacionais, players do exterior e mercados globais. A "corrida do ouro" moderna da Amazônia já está em curso, com impactos sentidos do meio ambiente aos povos da floresta.

Impactos da mineração na Amazônia podem ser severos.
Impactos da mineração na Amazônia podem ser severos.
Foto: Imagem de wirestock no Freepik / Portal de Prefeitura

Minérios estratégicos e interesses globais

Nióbio, tântalo e outros minerais raros essenciais para a indústria de alta tecnologia, baterias, turbinas, foguetes, celulares, já movimentam milhões em exportação. Operações em Presidente Figueiredo (AM), por exemplo, ilustram como o setor extrativo atrai investimentos, oferece receita em royalties e gera empregos, mas também facilita entrada de capitais estrangeiros e pressiona o controle nacional sobre recursos estratégicos.

O desafio da soberania e do controle externo

Negócios bilionários com empresas multinacionais e mudanças recentes na legislação despertam debate sobre o grau de controle do Brasil sobre suas riquezas. Denúncias sobre venda de empresas mineradoras a grupos estrangeiros e desrespeito a reservas indígenas agravam a sensação de vulnerabilidade nacional diante dos interesses globais.

Mineração legal e ilegal: fronteiras difusas

Além dos grandes projetos formais, a mineração ilegal cresce aceleradamente. Estima-se que apenas o garimpo ilícito some mais de 2.500 pontos ativos na Amazônia, invadindo terras indígenas e áreas de conservação. Essa atividade, além de evasão fiscal, resulta em desmatamento, poluição por mercúrio e conflitos armados.

Impactos ambientais inegáveis

O avanço da mineração impõe novos recordes de desmatamento, degrada cursos d'água, expulsa fauna e flora únicas e ameaça ecossistemas inteiros. Entre 2005 e 2015, cerca de 9% da perda da floresta amazônica já veio da atividade minerária direta ou da infraestrutura associada ao escoamento do minério.

O papel dos povos originários e das comunidades locais

Indígenas e ribeirinhos muitas vezes pagam o preço das decisões econômicas, sofrendo expulsão, divisão interna e contaminação de territórios tradicionais. Alguns grupos chegam a apoiar projetos em busca de benefícios sociais, mas grande parte resiste à invasão, organizando-se para resistir e denunciar violações.

Fronteira global de conflitos e interesses

Nos limites do Brasil, Colômbia, Venezuela, Peru e Equador, a disputa é ainda mais acirrada, misturando crimes ambientais, tráfico, informalidade e interesses institucionais. Grupos armados e redes ilícitas desafiam governos, dificultando o controle e a fiscalização.

Crescente pressão internacional

Mercados mundiais e organizações ambientais pressionam por extração responsável, mas também impulsionam demanda e valorização dos minérios extraídos da Amazônia. A responsabilidade sobre o futuro da floresta, cada vez mais, não se limita ao Brasil.

O lance decisivo: conservação x desenvolvimento

A grande questão está posta: como transformar as riquezas minerais da Amazônia em progresso efetivo, sem repetir o ciclo de degradação e miséria? Políticas públicas, transparência, fiscalização rigorosa e respeito aos direitos humanos são cobrados por especialistas.

O futuro em disputa

O debate vai muito além dos minérios: está em jogo a soberania nacional, o papel do Brasil no cenário global e, principalmente, a sobrevivência da floresta e de seus povos. Transformar riqueza mineral em prosperidade real, sem devastar o patrimônio da humanidade, é o grande desafio desta geração.

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