PUBLICIDADE

Quem é Bruninho, o primeiro goleiro trans do futebol feminino do DF

Bruno Costa irá disputar o Candangão Feminino 2024 pelo time Cresspom. Ele foi campeão estadual pelo Paraíso do Tocantins

25 mar 2024 - 05h00
Compartilhar
Exibir comentários
Resumo
O goleiro trans Bruno Costa começou a jogar bola ainda criança e, em 2023, se destacou como campeão estadual pelo Paraíso do Tocantins.
Bruninho decidiu iniciar a transição de gênero após se sentir inspirado com a personagem Ivana, interpretada pela atriz Carol Duarte na novela “A Força do Querer” (2017), da Globo
Bruninho decidiu iniciar a transição de gênero após se sentir inspirado com a personagem Ivana, interpretada pela atriz Carol Duarte na novela “A Força do Querer” (2017), da Globo
Foto: Reprodução: Instagram/b12.costa

O goleiro Bruno Costa, conhecido como Bruninho, é o primeiro goleiro trans do futebol feminino do Distrito Federal (DF). Contratado pelo Cresspom, o atleta irá disputar o Candangão Feminino 2024, previsto para iniciar em agosto e terminar em outubro. 

Hoje, apesar de jogar no futebol feminino, ele se reconhece como um homem trans e utiliza pronomes masculinos.

"Pela primeira vez na história do clube, o primeiro goleiro trans", anunciou o time através das redes sociais.

Criado na Zona Oeste do Rio de Janeiro, Bruninho começou a jogar bola ainda criança, na mesma época em que seu sonho de atuar como goleiro surgiu. No início, ele foi lateral pelo time local do Batan, mas precisou se afastar do esporte por um tempo após se machucar, período em que se reconheceu como uma pessoa trans. 

Bruninho, então, decidiu iniciar a transição de gênero após se sentir inspirado com a personagem Ivana, interpretada pela atriz Carol Duarte na novela “A Força do Querer” (2017), da Globo, que se reconhece como um homem trans e muda o nome para Ivan. A trama da novela e o apoio da família foram muito importantes para o goleiro durante e após a transição de gênero.

10 atletas trans que mudaram a história do esporte 10 atletas trans que mudaram a história do esporte

A mãe do jogador sempre perguntava se ele estava se sentindo bem assim e, aos poucos, se acostumou com a identidade de gênero do filho. "Sei que ela me ama do jeito que sou e fico muito feliz por isso. Ela e meus avós me apoiam bastante e isso é meu refúgio", contou ao Metrópoles.

Nas redes sociais, o goleiro é reservado em relação à sua vida pessoal e apenas compartilha fotos dos seus jogos. "Casa Nova. Seguimos juntos em busca do objetivo", comemorou o novo contratado do Cresspom.

Apesar dos preconceitos que enfrenta no dia a dia, Bruninho tem construído uma carreira sólida no futebol feminino. Ele já jogou na Série A3 do Feminino pela Cabofriense e conquistou a Taça das Favelas Nacional com o Rio de Janeiro. O goleiro ainda participou do último Candangão Feminino pelo Estrelinha. Em 2023, Bruninho se destacou como campeão estadual pelo Paraíso do Tocantins.

Segundo Bruninho, pessoas trans não têm muito espaço no futebol brasileiro. "O Brasil ainda é imaturo em relação a isso. É muito preconceito, transfobia e agressões, principalmente com palavras. Eu já sofro normalmente com certos comentários machistas, imagine agora que esse assunto está recorrendo tanto", disse ao site Esportes Brasília.

Fonte: Redação Nós
Compartilhar
Publicidade
Publicidade