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'Não é um caso isolado', diz Samara Felippo sobre racismo contra filha em escola

Atriz afirmou que defende a expulsão de alunas acusadas de praticar racismo contra sua filha mais velha em escola de alto padrão em SP

28 abr 2024 - 10h55
(atualizado às 11h22)
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Samara Felippo expondo situação com marido nas redes sociais.
Samara Felippo expondo situação com marido nas redes sociais.
Foto: Foto: Foto: reprodução Instagram @sfelippo

A atriz Samara Felippo afirmou que quer a expulsão das duas alunas acusadas de racismo contra sua filha de 14 anos na escola de alto padrão Vera Cruz, localizada na Zona Oeste de São Paulo. De acordo com Samara, duas alunas do 9° ano pegaram o caderno da adolescente, que é negra, arrancaram algumas folhas e escreveram uma ofensa de cunho racial em uma das páginas. Posteriormente, o caderno foi devolvido aos achados e perdidos.

"Sim, pedi expulsão das alunas acusadas, pois não vejo outra alternativa para um crime previsto em lei e que a escola insiste relativizar. Fora segurança e saúde mental da minha filha e de outros alunos negros e atípicos se elas continuarem frequentando escola. Não é um caso isolado, que isso fique claro", disse em entrevista ao g1.

A atriz relata que sua filha quis conversar com as duas alunas para tentar compreender o motivo da agressão. "Foi ela que pediu uma reunião com as garotas. Ela foi super bonita, digna, forte, empoderada, entender, né? Tentar olhar na cara delas, entender o motivo daquele ato tão agressivo, tão violento e explicar para elas que isso é crime, que ela sabe que isso é crime", disse.

Após o caso, a atriz registrou boletim de ocorrência e afirmou que ainda não definiu se vai tirar a filha da escola. "Ainda estou digerindo tudo e talvez nunca consiga, cada vez que olho o caderno dela ou vejo ela debruçada sobre a mesa refazendo cada página dói na alma. Choro. É um choro muito doído. Mas agora estou chorando de indignação também", completou.

Em nota, o Vera Cruz afirmou que a filha de Samara procurou a professora e a orientadora da série após recuperar o caderno.

"Imediatamente foram realizadas ações de acolhimento à aluna, de comunicação a todos os alunos da série, bem como a suas famílias. Desde o primeiro momento, mantivemos contato constante com a família da aluna vítima dessa agressão racista, assim como permanecemos atentos para que ela não fique demasiadamente exposta e seja vítima de novas agressões. Na circular enviada a todas as famílias no mesmo dia, solicitamos que todos conversassem com seus filhos sobre o ocorrido, e na terça-feira, dia 23 de abril, duas alunas do 9º ano e suas famílias compareceram à Escola, responsabilizando-se pelos atos", diz carta do colégio.

A escola também informou que as alunas foram chamadas para devolver as folhas arrancadas do caderno e receber notificação oficial sobre as medidas disciplinares a serem tomadas, incluindo a suspensão por tempo indeterminado.

"A suspensão se encerrará quando entendermos que concluímos nossas reflexões sobre sanções e reparações, que ainda seguimos fazendo – fato também comunicado a todas as famílias diretamente envolvidas. Ressaltamos que outras medidas punitivas poderão ser tomadas, se assim julgarmos necessárias após nosso intenso debate educacional, considerando também o combate inequívoco ao racismo", diz o comunicado.

Fonte: Redação Terra
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