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‘Me faz pensar que relação não foi tão traumática’, diz perito contratado pela defesa de Daniel Alves

Jogador é acusado de estuprar jovem em boate em Barcelona; alegação do perito é em relação a falta de lesões íntimas na denunciante

7 fev 2024 - 13h27
(atualizado às 14h44)
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Resumo
No terceiro dia de julgamento de Daniel Alves, acusado de estupro, os peritos do caso foram ouvidos. Os profissionais contratados pela defesa do jogador afirmam que a ausência de lesões na denunciante, pode significar que a relação não foi tão traumática, mas os peritos que atenderam ao caso refutam.
Julgamento de Daniel Alves é iniciado nesta segunda-feira, em Barcelona
Julgamento de Daniel Alves é iniciado nesta segunda-feira, em Barcelona
Foto: Jordi Borras/Getty Images

O terceiro dia de julgamento de Daniel Alves, acusado de estuprar uma jovem dentro de uma boate em Barcelona, começou com peritos do caso sendo ouvidos, nesta quarta-feira, 7. Além dos profissionais que examinaram a vítima, legistas contratados pela defesa também deram seus depoimentos. 

Um dos profissionais contratados pela defesa do jogador afirmou que, por não terem sido encontradas lesões íntimas na denunciante, o faz pensar que a relação sexual “não foi tão traumática” quando a jovem diz ser. 

“Ela conta uma história sobre tapas, agarrões no pescoço... não vemos nenhum ferimento em nenhuma parte do corpo. Ele disse que sentiu um nível intenso (de dor) ao urinar. Na minha experiência pessoal, quando ela nos conta que foi uma relação dolorosa, é muito estranho que não encontremos nada.”

Blanca Navarro, psiquiatra da defesa de Alves, insistiu também que os testes psicológicos da vítima são voltadas para “questões absolutamente superficiais”. "Poderia ter sido mais profundo e as conclusões apresentam algumas lacunas."

Apesar das alegações dos profissionais contratados pela defesa do jogador, os peritos que analisaram o caso desde o começo refutam que a ausência de lesões "não significa que não tenha ocorrido" a violência sexual. 

Umas das psicólogas forenses destacou também alguns dos critérios para determinar o estresse pós-traumático que coincidem com a situação da denunciante: “Quando ela ouviu alguém falando português, ficou muito nervosa”. Segundo ela, a jovem estava sofrendo com hipervigilância e falta de sono, mais uma característica de estresse pós-traumático. Além disso, segundo a profissional, a jovem se sentia culpada pelo ocorrido, "um dos indicadores da situação de vítima". 

Um dos peritos, contratado pela defesa de Daniel Alves, diz que a vítima conta a versão que a "relação foi dolorosa", mas que não há nenhuma lesão que comprove isso. “A ausência até mesmo de inchaço (na região íntima) me faz pensar que a relação sexual não foi tão traumática”, declarou. 

Fonte: Redação Terra
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