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Líder supremo do Irã diz que envenenamento de meninas é "imperdoável" após agitação pública

Mais de 1.000 garotas foram envenenadas desde novembro, de acordo com a mídia e autoridades estatais

6 mar 2023 - 09h28
(atualizado às 14h03)
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Líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei
Líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei
Foto: Reuters

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, disse nesta segunda-feira que o envenenamento de alunas é um crime "imperdoável" que deve ser punido com pena de morte caso tenha sido deliberado, informou a televisão estatal, em meio à agitação dos iranianos devido a uma onda de supostos ataques em escolas.

Mais de 1.000 garotas foram envenenadas desde novembro, de acordo com a mídia e autoridades estatais, com alguns políticos culpando grupos religiosos que se opõem à educação de meninas.

Os envenenamentos tem ocorrido em um momento crítico para os governantes clericais do Irã, após meses de protestos desde a morte de uma jovem detida pela polícia por descumprir as regras do hijab.

"As autoridades devem levar a sério a questão do envenenamento de estudantes", disse Khamenei à TV estatal. "Se for provado que foi deliberado, os perpetradores desse crime imperdoável devem ser condenados à pena de morte."

Os envenenamentos começaram em novembro na sagrada cidade muçulmana xiita de Qom e se espalharam para 25 das 31 províncias do Irã, levando alguns pais a tirar os filhos da escola e protestar.

As autoridades acusaram os "inimigos" da República Islâmica de usar os ataques para minar o establishment clerical. Mas as suspeitas têm recaído sobre grupos radicais que operam como autodeclarados guardiões de sua interpretação do Islã.

Temendo um novo ímpeto para protestos, as autoridades têm minimizado os envenenamentos. Uma investigação judicial está em andamento, embora ainda não tenham sido dados detalhes sobre as conclusões.

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