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Eleições nos EUA geram expectativa na América Latina

Domingo, 05 de novembro de 2000, 08h57min
O republicano George W. Bush ou o democrata Al Gore? O que a América Latina, incluindo o Brasil, podem esperar do próximo presidente dos EUA? Bush promete uma nova era nas relações com o Sul. Tudo indica, porém, que seja qual for o vencedor, pouca coisa vai mudar.

Um abismo separa promessas de campanha e seu cumprimento. Um exemplo é o próprio Bill Clinton: ele propôs um relacionamento centrado no conceito de “abertura e engajamento”, que incluía o incentivo à redemocratização e à abertura das economias dos países latino-americanos, culminando em 2005 com a criação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca), um mercado comum que se estenderia do Alasca à Terra do Fogo.

Turbulências financeiras (no México e no Brasil) e políticas (na Venezuela, no Equador e no Peru) jogaram sombras sobre o róseo panorama de democracias estáveis previsto pelos assessores de Clinton. Quanto à prometida integração econômica, empacou no Congresso e, hoje, está acontecendo à revelia do presidente e dos legisladores.

A exemplo do que ocorreu em administrações anteriores, o governo Clinton só agiu com presteza na América Latina na hora de deter o fluxo de drogas (ou de imigrantes) rumo ao Norte. A prova mais recente é a liberação do pacote bilionário para ajudar a Colômbia a combater o cultivo de coca e o tráfico de cocaína. O pacote tem o apoio de Bush.

Em Wall Street, poucos torcem por Gore, considerado “dependente demais” das confederações sindicais, fator que dificultaria esforços no sentido de estimular o comércio com a América Latina e outras regiões em desenvolvimento. Bush, dizem os analistas, “tem uma visão muito mais clara, em termos de comércio internacional”. Gore, por sua vez, estaria “no bolso dos sindicatos” e não se atreveria a abrir mão de medidas protecionistas que impedem produtos latino-americanos de competir no mercado local.

A plataforma de Bush, no capítulo da política externa, é recheada de contradições: ignora a condição de única superpotência mundial que os EUA desfrutam, pregando um impossível retorno a valores da época anterior à II Guerra Mundial (1939-1945), quando a presença dos EUA no cenário internacional era muito menos visível, e, ao mesmo tempo, promete uma mudança radical no relacionamento com a América Latina – uma região que, segundo ele, tem sido ignorada pela administração democrata.

Mas são exatamente os republicanos, que dominam o Congresso desde as eleições legislativas de 1994, os responsáveis por manobras que fizeram da meta de Clinton, de estabelecer uma área de livre comércio das Américas até 2005, um sonho distante. Os compromissos de Gore com os sindicatos são muito menos sólidos que os vínculos do candidato republicano com a ala conservadora de seu partido, que deseja ver o país retroceder a um passado idealizado e encara nações emergentes com o supremo desprezo de colonizadores.

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