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Bush e Gore querem votos dos latinos

Domingo, 05 de novembro de 2000, 02h24min
No último fim de semana da campanha presidencial mais disputada nos EUA em quatro décadas, os dois principais candidatos à Casa Branca na eleição de terça-feira duelaram ontem na tevê pelo voto dos eleitores de origem hispânica - uma minoria que poderá ser decisiva. O vice-presidente Al Gore, do Partido Democrata, e o governador George W. Bush, da oposição republicana, foram entrevistados no programa Sábado Gigante, da rede de tevê Univisión, que transmite em espanhol e tem grande audiência entre os latinos.

O terreno e o idioma eram mais favoráveis para Bush, muito popular entre os imigrantes mexicanos de seu Estado, o Texas. O governador, além de tudo, é casado com uma filha de mexicanos - e por isso até fala espanhol com alguma desenvoltura. Graças a isso, ele atraiu para o Partido Republicano o voto hispânico, tradicionalmente inclinado para os democratas, principalmente no sul - inclusive na Flórida, governada por seu irmão mais novo, Jeb.

A entrevista no Sábado Gigante, porém, não livrou Bush dos incômodos desdobramentos daquilo que classificou como "golpe baixo" dos adversários - a revelação de que ele foi preso dirigindo embriagado, em 76. Ontem, um jornal do próprio Texas publicou reportagem segundo a qual Bush teria negado o episódio, numa entrevista concedida há dois anos.

Na opinião de analistas políticos, o principal impacto da revelação pode ter sido colocar o candidato republicano na defensiva sobre um tema que ele próprio valorizara na campanha - sua confiabilidade pessoal - no momento decisivo de uma disputa tecnicamente empatada. O governador do Texas aparece nas pesquisas com vantagem entre três e cinco pontos, mas dentro da margem de erro e - mais importante - com as disputas indefinidas em vários Estados-chave.

A eleição presidencial americana, embora tenha uma votação popular, é decidida por um Colégio Eleitoral cujos delegados serão escolhidos pelos eleitores, Estado por Estado, na terça-feira. Gore, embora em desvantagem nas intenções de voto em escala nacional, leva vantagem em três dos quatro Estados com mais delegados, inclusive a Flórida. Mesmo perdendo a votação popular, ele poderá conquistar maioria no Colégio Eleitoral - fenômeno que só aconteceu três vezes nos mais de 200 anos de história do país.

Depois de meses de uma campanha eleitoral sem acusações pessoais e propaganda negativa, que foram o principal atrativo das últimas disputas presidenciais nos EUA, o "vale-tudo" entrou em cena na fase final da campanha. Antes mesmo da divulgação do episódio da prisão, Bush já vinha sendo "bombardeado" em uma série de filmes da campanha democrata sobre violência racial no Texas - tendo como público-alvo os eleitores negros, cujo apoio é fundamental para Gore.

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