Investindo em Estados estratégicos na reta final da campanha presidencial, o democrata Al Gore se voltou para os americanos de origem africana no sábado, enquanto George W. Bush prometeu a seus eleitores um "novo começo depois de uma época de cinismo". A apenas três dias das eleições de terça-feira, Bush permanecia quatro pontos à frente de Gore na última pesquisa Reuters/MSNBC, vencendo por 46% a 42%. Outras pesquisas mostravam um intervalo semelhante entre os dois candidatos à Presidência dos Estados Unidos. Num confuso comício num aeroporto de Pittsburgh, na Pensilvânia, Bush saudou seus correligionários e apelou a democratas não-convictos que votassem nele. "Vai ser uma disputa difícil. Aqui vai minha mensagem: em três dias vai a ajuda vai estar a caminho", disse Bush. O republicano prometeu um novo modo de governar. "A América está pronta para um novo começo depois de uma época de cinismo", disse ele, aplaudido pela multidão.
Tentando tirar a pequena vantagem de Bush, o democrata Al Gore começou o último fim de semana de campanha em seu Estado natal, o Tennessee, com um café da manhã religioso frequentado por negros, incluindo Martin Luther King III, filho do líder assassinado. Vários líderes religiosos negros demonstraram seu apoio a Gore. "Meu pai sempre dizia que um povo que não vota é um povo sem poder, e que um dos mais importantes passos que podemos dar é o pequeno passo até a urna", disse King.
Em West Virginia, um Estado que votou pelos republicanos apenas três vezes nos últimos 65 anos, Gore tentou atacar a credibilidade de Bush. Mas os dois candidatos não comentaram o episódio da prisão de Bush por dirigir alcoolizado há 24 anos, fato que foi divulgado pela primeira vez na sexta-feira.
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