Renault e Geely podem se associar no Brasil para fabricar carros chineses
Parceiras na Coreia do Sul e na fabricante de motores Horse, Renault e Geely podem fazer joint-venture para o mercado brasileiro
A Renault e a Geely podem se associar no Brasil, por meio de uma joint-venture, com o objetivo de fabricar carros chineses em São José dos Pinhais (PR). A informação, divulgada pela agência Reuters, foi publicada de manhã no Terra e no site Autoesporte, e não teve confirmação da Renault do Brasil, nem desmentido.
Segundo a reportagem de Autoesporte, assinada por Marcus Celestino, fontes ligadas à montadora chinesa – que é dona da Volvo e da Zeekr – disseram que “a consolidação da sociedade em âmbito nacional está em seus últimos detalhes de negociação e deve ser anunciada nos próximos dias”.
Não há informação sobre o tipo de carro que seria fabricado no Brasil, se elétrico, híbrido plug-in ou a combustão. Embora a China estava invadindo mercados ocidentais com veículos elétricos, a fábrica da Renault do Brasil não está preparada para produzir BEVs.
Apesar dessa dificuldade inicial, o Geely EX5 elétrico é o carro mais cotado para inaugurar a parceria, mesmo que seja importado no primeiro momento, pois já foi fotografado em testes no Brasil, com a carroceria camuflada.
Outra opção é o carro elétrico urbano Geome Xingyuan, mostrado pelo Terra em setembro do ano passado, que tem 114 cv de potência e alcance superior a 400 km. Trata-se de um carro que poderia fazer competição direta ao BYD Dolphin. Vale lembrar que a Zeekr, que já está no Brasil, também é uma marca chinesa da Geely.
Se a negociação for confirmada, a Renault seguirá a mesma linha da Stellantis com a Leapmotor e da GM com a Baojun. Entretanto, a Stellantis tem 51% das ações na JV com a Leapmotor e a GM é dona da marca Baojun, que fabrica o Chevrolet Spark EUV, já confirmado para 2025.
No caso da Renault, ela seria uma ponte para uma rápida entrada da Geely no mercado brasileiro com seus próprios carros, mas provavelmente também teria acesso às baterias fabricadas na China, o que pode facilitar a fabricação de modelos elétricos da própria Renault no futuro.
Segundo Autoesporte, a participação da Geely na Renault do Brasil deve ser igual à que ela tem na Coreia: 34%. Por meio de uma nota, a Renault disse que “os dois grupos têm discutido oportunidades potenciais sob o espírito de parceria aberta e inovadora”, mas acrescentou que não tem detalhes sobre nenhuma nova cooperação neste momento.
