Aceleramos: Mini Cooper e Aceman elétricos ganham configuração JCW

John Cooper Works E e John Cooper Works Aceman E são os primeiros elétricos da história da Mini a contar com a assinatura JCW; dupla usa o mesmo motor elétrico de 258 cv

Por: Vagner Aquino

20 ago 2025 - 12h07

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A esportividade da linha John Cooper Works (JCW) agora está presente nos elétricos Mini Cooper e Aceman. Tanto o John Cooper Works E quanto o John Cooper Works Aceman E, apresentados em agosto no Festival Interlagos 2025, já estão disponíveis na rede de concessionários da marca no País. Os preços são de R$ 330.990 e R$ 345.990, respectivamente.

Mini JCW Aceman E (à esq) e John Cooper Works E (à dir)
Foto: Mini/Divulgação / Estadão

Além da dupla de elétricos, a linha JCW conta com mais quatro modelos a combustão. Por isso, o diretor da Mini Brasil, Rodrigo Novello, exaltou ter "pela primeira vez, a linha completa".

Os demais modelos da família - que chegaram ao mercado nacional, gradualmente, desde outubro de 2024 - têm motor a combustão e se dividem nas carrocerias hatch (Cooper), conversível (Cabrio) e SUV (Countryman).

Os elétricos

A começar pelo visual, Mini John Cooper Works E e o JCW Aceman E têm diferenças em relação às configurações convencionais. Por exemplo, apliques vermelhos ou pretos estão por todos os lados, nos para-choques, capas dos retrovisores e até nos tetos (panorâmicos em ambos).

A iluminação é toda de LEDs nos dois modelos. No entanto, enquanto o hatch aposta em faróis com visual redondo e barras horizontais, os do Aceman podem ser personalizados. São três estilos, e o mesmo vale para as lanternas.

Mini JCW
Foto: Vagner Aquino/Estadão / Estadão

No mais, a dupla aposta em aerofólios exclusivos, saias laterais, difusores nos para-choques traseiros e rodas com formato mais fechado - para melhorar a aerodinâmica e aumentar a autonomia. O Cooper usa rodas de aro 18 e o Aceman, de 19 polegadas.

Das portas para dentro, ambos têm praticamente o mesmo painel. Limpo e com tecido estilizado nas cores preta e vermelha, com destaque para a tela OLED (240 milímetros de diâmetro), redonda, ao centro. Nela, dá para comandar diversas funções do carro. Na parte superior, por exemplo, são exibidas as informações que normalmente seriam exibidas no quadro de instrumentos (inexistente, mas há Head-Up Display).

O sistema de navegação tem mapas em 3D e, na parte de baixo, um trilho se encarrega de mostrar as demais funções, como do ar-condicionado, por exemplo. Na tela com espelhamento via Android Auto e Apple CarPlay dá até para comprar aplicativos.

Além de tecnologias como carregador de celular por indução, assistente de voz e som premium da marca Harman Kardon, a dupla conta com personalização que adapta o estilo ao desempenho. Por exemplo, o modo "Go-Kart" (que deixa o carro mais arisco) é um deles. O visor exibe a velocidade e outros dados de desempenho, como torque e força G.

Na pista

A dupla empolga nas acelerações. Apesar de não ser tão compacto quanto o hatch, o Aceman E com traje esportivo tem melhor aerodinâmica. Por isso, aliás, a sua autonomia é um pouco maior - 312 km contra 306 km, de acordo com medições do Inmetro.

No test-drive de lançamento na pista do Haras Tuiuti, no interior de São Paulo, o crossover mostrou seu potencial. O volante pequeno e mais vertical rende excelente pegada no Aceman E. Tem botões e ajustes de altura e profundidade. Os bancos têm ajustes elétricos, revestimento de couro com detalhes vermelhos, e abraçam o motorista (que, nessa hora, se sente piloto) por meio de abas laterais. O encosto, aliás, tem o apoio de cabeça integrado.

Com o pé embaixo e um torque instantâneo de 34,5 mkgf, o carro embala fácil. E chega facilmente aos 100 km/h. São 6,3 segundos (5,8 no hatch). Nessa hora dá para sentir falta do ronco do motor, e, por isso, a Mini tratou de criar um zumbido. Não é a mesma coisa, mas dá uma sensação de "decolagem".

Grudado no chão

Mas, em movimento, o carro "gruda" no asfalto, sem escorregar mesmo em curvas fechadas. O sistema de suspensões - que, aliás, melhoraram muito nos Mini - merece elogios. O conjunto recebeu calibrações específicas da linha John Cooper Works e, assim, garante rigidez no ponto certo. A mesma eficiência vale para o sistema de freios, também aprimorado pela grife esportiva.

Mini JCW Aceman E tem rodas de 19"
Foto: Vagner Aquino/Estadão / Estadão

Conforme a Mini, o motor tem 258 cavalos de potência e é alimentado por baterias de íons de lítio com capacidade de 54,2 kWh. A marca informa que a recarga em estações de corrente direta (DC) leva só 31 minutos (entre 10% e 80%). Já em corrente alternada (AC), são cerca de 5 horas nos dois elétricos JCW.

As baterias de geração 5.5, aliás, evoluíram. Agora, por exemplo, o carro pode chegar à velocidade máxima de 195 km/h. Antes, era difícil ver um elétrico superar 170 km/h de velocidade máxima. Lembrando que a máxima é limitada eletronicamente, para poupar o consumo e desgaste do componente.

Assistências

Na lista de série, os novos JCW contam com sistemas de assistência à condução. O Driving Assistant Plus e o Parking Assistant Plus incluem funções como assistente de centralização de faixa, controle de cruzeiro adaptativo, câmeras de visão 360º, alerta de ponto cego, controle de direção longitudinal e lateral (entrar e sair de um espaço de estacionamento), assistente de reversão, câmera de visão traseira, e por aí vai.

Perdeu o carro? Basta usar o Mini App para localizar. Com ele, dá para reencontrar o veículo e ativar outras funções remotas, como trancar e destrancar as portas, acender os faróis à distância, consultar o status (como portas ou janelas abertas) e estado da bateria, entre outros pontos. Por fim, a função Digital Key Plus transforma o smartphone na chave, e dá para transferir digitalmente para diferentes usuários.

PRÓS

O crossover elétrico exala esportividade e tem no desempenho seu ponto alto; o acabamento na cabine é impecável e tela central do multimídia tem gráficos surpreendentes;

CONTRAS

O espaço a bordo é (bem) melhor do que no hatch, mas não é tão amplo para quem se senta no banco traseiro; alguns podem sentir falta do tradicional quadro de instrumentos.